“Eu garanto que a maioria das pessoas normais não tem ideia de que se os caminhões parassem de andar por todo o país bastaria um pequeno período de tempo para que quase todos Brasileiros estivessem em uma situação de perigo devido ao intenso atraso nas entregas de suprimentos. […] Uma ruptura severa nas entregas por caminhões iria impactar nas grandes indústrias e faria o Brasil ficar de joelhos em poucos dias”. Esse declaração foi feita pelo sobrevivencialista campo-grandense Julio Lobo em 2012. Seis anos depois, eis que a crise apocalíptica chegou.
No quarto dia de greve dos caminhoneiros que paralisa parte das rodovias do País, os reflexos já são sentidos pela população. E dentro deste cenário que beira o caos, Julio Lobo fez um “guia” para enfrentar o desabastecimento. Confira:

1. Abastecer
Segundo Lobo, quem não garantiu a tanqueada no carro, não adianta tentar correr para um posto de combustível a essa altura do campeonato – ou melhor, da greve. Muitos postos já anunciam a falta de gasolina. E os que ainda tem, certamente está com uma fila quilométrica.
Contudo, ele faz uma ressalva: “Se você for sortudo e morar em um local onde os postos ainda estão funcionando de maneira adequada e a “corrida pela gasolina” ainda não começou, vá encher seu tanque. Rápido”.
2. Racionamento
É hora de racionar! Segundo o sobrevivencialista, não é possível manter hábitos de conforto diante de um cenário de escassez. Portanto, a regra é simples: economize! Ter cautela é sempre bom.
“Por isso, se você pode ir andando ou de bicicleta para o trabalho, vá! Use seu carro/moto para situações altamente essenciais, pois caso uma emergência acontecer a última coisa que você quer é ficar sem meios de transporte”, pondera Lobo.
3. Estoque de comida
Sem abastecimento nos supermercados, a tendência é as prateleiras começarem a ficar vazias. Por isso, Julio Lobo reforça que é hora de estocar comida e se refere a itens básicos, como arroz, feijão, óleo e semelhantes.
“Em breve (MUITO EM BREVE), poderemos encontrar uma multidão de pessoas que teve a mesma ideia de comprar comida caso a coisa fique pior. Você precisa considerar um estoque de pelo menos dois meses de comida básica na sua casa“, alerta.
4. Criminalidade
O aumento da criminalidade é outro fator que o sobrevivencialista pontua como reflexo da greve e do desabastecimento. “Com a escassez de produtos, vêm o aumento da violência. Aqueles que não tiverem os recursos que precisam poderão tomar o caminho mais fácil e começar a saquear mercados e efetuar os mais diversos crimes”, diz Lobo.
Outro fato que ele destaca é que se situação se intensificar em breve as viaturas da Polícia ficam sem combustível e compromete o trabalho da segurança.
“Por isso, evite entrar em ambientes onde está havendo confusão entre muitas pessoas (mercados cheios, filas apertadas e semelhantes), fique atento com as movimentações na sua região e se comprar comida ou abastecer seu carro não comente ou mostre isso para ninguém”, sugere.
5. Dinheiro em mãos
Por fim, Julio Lobo alerta principalmente aqueles que costumam utilizar somente o cartão de crédito e débito. “Geralmente, em situações de crise, a primeira tendência é que os poucos mercados com recursos restantes comecem a aceitar somente dinheiro a vista, então vale se precaver e ter alguma coisa em mãos para caso isso realmente aconteça”.
O sobrevivencialista ainda pensa mais longe. “Não somente isso, mas o dinheiro é muito mais versátil até durante eventuais negociações entre vizinhos! Nunca se sabe quando você vai precisar oferecer 50 reais para o vizinho te dar 1 kg de arroz”.
Embora a situação ainda não esteja tão calamitosa assim, sempre é bom se prevenir. Como diz o ditado: “o seguro morreu de velho”. Ou “melhor prevenir do que remediar”.