“Aqui na Alemanha, as pessoas gostam muito de futebol, não fazem muita festa por causa disso. Mesmo nos jogos da seleção daqui, as pessoas se reúnem para assistir e depois tudo acaba. Não é como no Brasil que é um evento e o país praticamente para”, conta a campo-grandense Jéssica Galeano, 27 anos, que há um ano e meio mora em Hamburgo.
Nesta sexta-feira (22), ela foi assistir ao jogo do Brasil contra a Costa Rica em uma praça da cidade, onde foi montado um telão. Lá, bola começou a rolar no campo às 14h. Jéssica trabalha como baby sitter e cumpriu expediente durante a manhã, caso contrário, assistiria em casa.

No jogo passado, na estreia da Seleção Brasileira na Copa do Mundo 2018, caiu em um domingo e ela também estava de folga. “Assisti em um bar com alguns amigos brasileiros. Mas como foi à noite, acabando o jogo já fomos embora. Os bares aqui fecham cedo no domingo, no máximo 21h”, conta a campo-grandense.
Situação um pouco frustrante para a brasileira. Mesmo que seja a cada quatro anos, não há como negar o coração torcedor de quem nasceu no “país do futebol”. “É meio triste acabar o jogo e ter que ir pra casa. A gente gosta de fazer festa, mas por aqui não rolou”, diz Jéssica.
O próximo jogo do Brasil na Copa do Mundo será na quarta-feira, dia 27, às 20h no horário de Hamburgo. “Ainda não sei onde vou assistir, mas independente de onde seja, vou torcer pelo meu País”, enfatiza Jéssica.
“7 a 1”
O “7 a 1” que a Alemanha fez em cima do Brasil na Copa de 2014 e tirou a seleção do mundial ficou pra história do futebol brasileiro. E claro que os alemães também não se esquecem da vitória gloriosa em cima da única seleção pentacampeã do mundo.
Mas contudo, Jéssica garante que na hora de fazer piada, os brasileiros dão goleada nos alemães. “Até já fizeram piada comigo sobre o 7 a 1, mas eles são muito educados, sabem que o brasileiro é apaixonado por futebol e respeitam isso. E também não são muito de fazer piada mesmo, eles tem noção da vida, né?!”, brinca Jéssica.