Dossiê WhatsApp: Usuários contam suas experiências com o app, que completa 8 anos

Mais de 1 bilhão de pessoas usam app

Em pouco apenas oito anos, o WhatsApp se tornou um dos aplicativos mais presentes na vida dos brasileiros, e é claro, dos campo-grandenses. Isso se não for o mais utilizado. Hoje, no mundo todo, existem cerca de 1 bilhão de usuários. São 700 milhões de fotos e 100 milhões de vídeos a cada dia, segundo informações do portal Techmundo. Mas e na vida prática? O WhatsApp está presente de que forma para nós?

Conversamos com algumas pessoas que podem falar um pouco sobre o impacto que o app tem em suas vidas. Uma dessas pessoas é a estudante de engenharia Aline E. de Farias, de 23 anos. Ela conta que passa o dia inteiro em grupos, desde assuntos profissionais e de estudos, como em grupos familiares e de “paquera”. “O ‘whats’ é algo bem importante na minha vida. Eu acordo ele e já pego o celular do lado da cama e já abro. Antes de dormir é a última coisa que eu vejo”, lembra. 

Foi pelo WhatsApp que os namorados Giovana Pimentel, 32 anos, e João Alberto Costa, de 31 anos, mantiveram o relacionamento por dois anos até casarem. “O Whats nos salvou. A gente fazia ligações com Wi-fi barateando os custos quando o João morou na Espanha. Sem isso teríamos que fazer interurbano ou depender de outros aplicativos”, resume. 

Mas nem tudo são flores. No último dia do ano, dia 31 de dezembro, o aplicativo passou por instabilidade e acabou saindo do ar, gerando revolta de inúmeros usuários.  Ao longo dos anos de uso, o WhatsApp passou por várias situações, como em 2016, quando a Justiça do Rio de Janeiro determinou o bloqueio do WhatsApp em todo o Brasil. Uma notificação foi enviada para as empresas de telefonia após o Facebook se recusar a cumprir uma decisão judicial e fornecer informações para uma investigação policial. Porém, o app foi restaurado um tempo depois. 

História

A história do WhatsApp começou com Jan Koum, um ucraniano que imigrou para os Estados Unidos e após trabalhar como faxineiro, foi atuar no Yahoo, onde começou a criação do aplicativo ao lado de um amigo. O aplicativo de mensagem seria disponibilizado apenas para Iphone, mas diante do tamanho do sucesso alcançado passou a ser distribuído para android também.

Uma das políticas iniciais dos fundadores era desenvolver a melhor experiência possível para o usuário, por isso buscaram criar um aplicativo intuitivo e funcional cobrando as pessoas diretamente pelo serviço oferecido. Logo essa cobrança deixou de ser feita e hoje o “Whats” é totalmente gratuito.

Vendida por cerca de US$ 22 bilhões, e após recusar a proposta bilionária da Google, o WhatsApp hoje pertence ao Facebook, mantendo os valores da empresa de acordo com a de seus criadores.

Polêmicas e evoluções

Ao longo dos anos, além da questão da proibição do aplicativo em episódios com a justiça brasileira, o WhatsApp passou por outras polêmicas. Em locais como Arábia Saudita, Irã, Reino Unido e Bangladesh, por exemplo, já houve discussão sobre a retirada do aplicativo do ar – em alguns deles, o app foi suspenso por tempo determinado.

O usuário Mateus Silva, de 18 anos, opina. “Eu acho que já temos nossa privacidade muito invadida o tempo todo pela internet. O WhatsApp está correto na sua postura de defender a privacidade de informações”, disse ao MidiaMAIS. 

Há quem discorde. A Justiça principalmente. 

Favorável ou não, um dos últimos recursos lançados pelo app foi o “apagar mensagem”, que também gerou certa polêmica. Usar o novo recurso é simples: basta selecionar uma mensagem, escolher “apagar” e em seguida “apagar para todos”. Vale notar, é preciso apagar a mensagem em até sete minutos após o envio. No lugar da mensagem selecionada, aparece o aviso “esta mensagem foi apagada”. O aviso pode ser visto tanto por quem apagou a mensagem quanto por quem recebeu. “Melhor isso do que a pessoa ler o que você mandou bêbado”, brinca Mateus.