Da banda formada no bairro à realização do sonho de viver da música

Douglas trilhou aquilo que sempre sonhou e nunca desistiu da música

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Douglas trilhou aquilo que sempre sonhou e nunca desistiu da música

Tudo começou no bairro Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande, quando cinco meninos se juntaram para montar uma banda. Foi o primeiro contato mais intenso que Douglas teve com a música. Nesta época, no início dos anos 2000, ele descobriu “o que queria ser quando crescesse”: músico! Começava ali um caminho longo e árduo até conseguir viver disso. Mas hoje ele colhe os frutos de não ter desistido de seu sonho.

Nesta semana, a série “Pra Sonhar” traz a história deste sul-mato-grossense que um dia resolveu comprar uma kombi, colocar o pé na estrada e espalhar música por este Brasil afora, até o dia que fixou endereço em Santo André, cidade do ABC Paulista, onde constrói mais um capítulo de sua carreira.

A primeira banda

Aos 33 anos, Douglas Rodrigues tem orgulho em contar sobre a trajetória que fez. Quando tinha 13 anos, “nasceu” a primeira composição. Com 15, surgiu a primeira banda, que ficou conhecida principalmente no bairro Maria Aparecida Pedrossian. Com o tempo, o grupo foi batizado pelas próprias pessoas que os apontavam nos lugares como “os caras da banda”. E assim surgiu o nome “Uskadabanda”.

Na segunda formação, Douglas era guitarrista e fazia backing vocal. Nesta fase, os meninos começaram a tocar mais por Campo Grande, em projetos, motoclubes e festivais. Depois de um tempo, o vocalista saiu e Douglas assumiu o comando do microfone principal. Então, a banda passou a chamar apenas “USK”.

E a cada contato com o palco e o público, a certeza aumentava no coração de Douglas. Era simplesmente aquilo que ele queria da vida, a arte de cantar e tocar. Decidido e certo de que a música era o seu principal projeto, ele começou a investir firme e a se dedicar cada vez mais.

Da demissão à kombi

Em 2014, foi o último ano que Douglas teve a carteira de trabalho assinada e praticamente todo o dinheiro que sobrava do salário era revertido em instrumentos, gravações, horas em estúdio para ensaio. E fora do horário de expediente convencional, o músico ainda arrumava tempo para tocar em eventos e bares da Capital.

Essa dupla jornada durou até o dia que o patrão dele o demitiu. “Um dia ele chegou em mim e disse que um dia iria me mandar embora, mas que seria para o meu bem, para que eu pudesse pegar o dinheiro e investir na minha música. Na época eu tinha acabado de comprar meu carro, estava morando sozinho e não vi como um bom negócio. Mas foi dito e feito, ele falou e fez”, conta Douglas.

Ele ainda ficou um tempo tocando na noite. Mas logo tudo mudou o rumo com a ideia de rodar o Brasil em uma Kombi. “Com o acerto do meu trabalho, eu comprei uma Kombi junto com o Elton, que foi da primeira formação da banda, fizemos um sistema de energia dentro dela para poder fazer esses show’s itinerantes”, explica.

Com tudo no jeito, eles paravam em qualquer lugar – praia, centro de cidade, praça – e armavam um palco improvisado com paletes e começavam o som. O velho esquema da “contribuição voluntária” sempre levantava uma grana para ajudar a custear a viagem. E assim, eles seguiam de cidade em cidade.

Dois amores

Em uma dessas viagens, a Kombi passou pela região metropolitana de São Paulo e foi em uma dessas paradas que Douglas conheceu Amanda. O coração bateu mais forte e não teve jeito. Em pouco tempo o namoro engatou. No início, o vai e vem entre Santo André e Campo Grande foi necessário, mas logo o trecho começou a ficar longo demais para o tamanho da vontade dos dois de ficarem juntos.

Douglas, então, se mudou para o ABC Paulista e se lançou de vez na carreira de músico. Com a ajuda da Pekena – como carinhosamente se refere a Amanda -, ele passou a gravar vídeos, fazer clipes, alguns mais produzidos, outros menos, e assim passou a alimentar as redes sociais e a divulgar mais o trabalho na música.

Nesta nova fase, ele seguiu sozinho, sem os outros integrantes que começaram o projeto itinerante. E assim, nesta fase solo, ele passou a usar o nome artístico “Douglas Dakombi”.

“Sou pura gratidão, inclusive pelas coisas erradas que me aconteceram no meio do caminho. Não tenho pressa de chegar, gosto de apreciar cada dia, aprendi que a gente tem que viver, interpretar as adversidades,  cada passo do percurso, é lá que mora a verdadeira essência da nossa evolução”, pontua Douglas.

“Seu Melhor”

Em janeiro deste ano, ele lançou o clipe da música “Seu Melhor”, canção de trabalho em 2018. As imagens e gravação do áudio foram feitas em Campo Grande, com parcerias que ele construiu enquanto morava aqui.

E é com a letra dessa música que fecho a segunda matéria da série “Pra Sonhar”. Que todos nós saibamos sempre ouvir a voz do coração, aquela que nos inspira a nunca desistir de buscar a melhor versão de nós mesmos.

Confira abaixo o clipe da música “Seu Melhor”:

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