Contra o tabu da em locais públicos, elas defendem que a alimentação materna é um vínculo de amor muito intenso entre a mãe e o filho e ressaltam que este ato de nutrir não tem horário marcado, ele simplesmente precisa acontecer quando o bebê reclama de fome e pede o leite.

E para levantar a bandeira contra qualquer tipo de reação que possa inibir, constranger ou coagir a liberdade e o direito das mulheres de alimentarem seus filhos em locais públicos, a jornalista Laís Camargo, 27 anos, e a advogada Daniele de Oliveira Georges, 37 anos, soltaram nas redes sociais fotos inspiradoras durante a amamentação, daquelas imagens que transbordam amor.

O registro de Laís foi dentro de uma piscina de bolinhas, com a pequena Luna deitada ao lado dela, mamando. E a postagem veio seguida da legenda: “Suas definições de amamentar em público foram atualizadas”.

“A maldade está nos olhos de quem enxerga. Uma coisa tão maravilhosa, tão pura. A humanidade só chegou até aqui porque a gente tem essa capacidade do nosso corpo gerar alimento para outro ser. Se existe alguma outra visão em cima disso, o que está deturpado é o conceito da sociedade, não é a amamentação em si”, pontua Laís.

Contra tabu, mães defendem amamentação em locais públicos

No caso de Daniele, o registro na verdade foi um flagrante. A foto foi feita em um espaço de estética em Campo Grande, enquanto ela fazia um procedimento. A pequena Olívia sentiu fome e a mamãe nem pensou duas vezes em dar o peito, mesmo deitada na maca.

“Amamentar em público, para mim, é natural. Eu encaro a amamentação como um ato de amor, estou nutrindo minha filha, alimentando-a quando e onde ela solicita. Também aumenta o vínculo entre mãe e filho e é uma delícia nutrir esse vínculo, seja da forma que for”, ressalta Dani.

Amamentar no banheiro?

Outro ponto que as duas mamães concordam é em relação à falta de estrutura dos locais públicos, que geralmente não oferecem nenhum conforto para as lactantes.

“Amamentar toma tempo, requer dedicação. E o mínimo de conforto neste momento faz toda a diferença. Eu sei que há lugares em Campo Grande, nos shoppings, por exemplo, que disponibilizam cadeira de amamentação, mas em uma sala no banheiro (normalmente) e sem nenhuma janela, ventilação. A mãe não quer ficar isolada enquanto está amamentando e esses lugares acabam isolando a mãe e o bebê”, reclama Daniele.

“Eu nunca privei a Luna da amamentação, em lugar nenhum. Mas em alguns locais, como supermercados, por exemplo, já passei muita dificuldade, porque não tem nem onde sentar, tem que dar mama em pé, e minha filha já está com 13 quilos. Então, fico pensando como as mães são oprimidas em relação a isso, porque além de ficarem me olhando torto porque estou amamentando uma criança grande, ainda não existe nem onde sentar”, desabafa Laís.

Vale lembrar que a OMS (Organização Mundial da Saúde) indica o aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses de idade do bebê. Ou seja, até essa idade, o bebé deve tomar apenas leite materno e não deve consumir nenhum outro alimento complementar ou bebida. Os alimentos complementares devem ser inseridos após esse tempo.

Ainda de acordo com a OMS, as crianças devem continuar a ser amamentadas, pelo menos, até completarem os 2 anos de idade.

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