Quinta-feira Santa provoca ‘meio-feriado’ e nem todo mundo entende o motivo

Desavisados chegaram até a procurar órgãos públicos 

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Desavisados chegaram até a procurar órgãos públicos 

O comerciante Amurabe Veron, 53 anos, deu com a cara na porta na tarde desta quinta-feira (13) ao procurar a Central de Atendimento ao Cidadão William Maksoud Filho, em Campo Grande. Desavisado sobre o ponto facultativo, ele disse não entender o porquê do ‘meio-feriado’, que fechou órgãos públicos municipais, estaduais e federais, inclusive do Judiciário. 

“É desrespeitoso isso. Eu não sei porque esse ponto facultativo. Nós estamos trabalhando normalmente e precisamos resolver as nossas coisas. Porque eles não estão? ”, disse.

Para quem segue o catolicismo, a parada na quinta-feira, um dia antes do feriado da Sexta-Feira da Paixão, tem explicação.“É uma semana muito importante. A gente passa um tempo com a família e busca ficar mais próximo de Deus, com nosso jejum e reflexão”, disse a bióloga Carla Freitas, 35 anos.  

Tradição antiga, para dona Odila de Arruda Abrão, 85 anos, aposentada, o período não cabe em palavras, tamanho o significado que tem. “Significa muita coisa para gente né, não consigo colocar em palavras é muito especial”, contou. As duas estavam em uma das igrejas que mais atraem público em Campo Grande, a Perpétuo Socorro, na Afonso Pena.

De acordo com o padre Dirson Gonçalves, 43 anos, 13 de sacerdócio, esse período é o tempo em que o número de pessoas nas celebrações é maior. “Elas querem participar do ministério que faz parte da fé dos cristãos”.

Tríduo Pascal

O padre explica que período denominado Tríduo Pascal começa na quinta-feira às 18h, fim da Quaresma, com a celebração do lava-pé, na qual é lembrada a última ceia, quando Jesus lavou os pés de seus discípulos em sinal de humildade e instituiu a Eucaristia – corpo e sangue de Cristo. “A igreja entra então em estado de silêncio, um dia triste pela morte de Jesus”, explica.

Ainda de acordo com ele, a Sexta-feira Santa é um dia de reflexão, o único do ano em que não são celebradas missas. O sábado de Aleluia é um dia de vigília, Cristo já morreu. Então é celebrada a Paixão de Cristo, com uma missa mais comprida. Para finalizar, a manhã de domingo, quando é celebrada a Páscoa, que é a ressurreição de Cristo.

Nas igrejas evangélicas, o período não tem celebrações diferenciadas, segundo pastores ouvidos pela reportagem do Jornal Midiamax.”Não existe um rito, apenas o significado”, explica o pastor Gladston Amorim, 54 anos, da igreja MInistério Atos de Justiça.

 

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