‘Mercado de pulgas’ entre amigos garante desapego e bons negócios
Grupo se articulou nas redes sociais
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Sem pretensão de lucrar, mas sim de ‘desapegar’, um grupo de amigos realiza neste domingo (12) o 1º Mercado de Pulgas no centro de em Campo Grande. De quadrinhos, livros e CDs à panelas, louças, eletrodomésticos e peças de decoração, podia se encontrar de tudo um pouco para quem mora só e não tem grana pra montar a casa, mas até famílias fizeram bons negócios.
A designer Paula Garde, 27 anos, diz que levou cerca de 100 unidades e até o final da manhã tinha vendido muitas peças. “Ainda não contei, mas acho que já consegui uns R$ 150,00. Tinha louças antigas da minha avó e até uma fruteira de mesa de inox, que era o produto mais caro que vendi, por R$ 35,00”, contabiliza. Paula levou também ferro, liquidificador na primeira vez que participa de um evento do tipo.
Quadrinhos, livros, CDs e algumas roupas faziam parte da banca da psicóloga Carlota Philippsen, 37 anos e do músico Altair Santos, 43 anos. Eles contam que chegaram um pouco mais tarde que os demais, mas mesmo assim já haviam vendido vários livros e revistas em quadrinho. “O movimento foi maior no início da manhã, quando o pessoal saiu da missa. Os artigos preferidos foram os quadrinhos adultos”, explica Carlota, que estava vendendo as publicações por R$ 3,00 a unidade ou R$ 5,00 para quem levasse dois.
Uma das clientes de Carlota e Altair foi a estudante Gismaira dos Santos, 29 anos. Ela disse que ficou sabendo do evento através de divulgação na Internet e foi movida pela vontade de encontrar livros. “Fiz um bom negócio, comprei um livro e dois quadrinhos”, conta.
O casal Paulo Rodrigues Carvalho, contador de 53 anos e Marilena Silva Carvalho, professora de 51 anos, gastaram R$ 22,00 em 4 peças: um CD, um vaso de decoração, uma bandeja e uma taça em miniatura. A professora também ficou sabendo pela Internet e convidou o marido, que gostou da iniciativa.
A ideia surgiu no grupo do Facebook Morando Só – Campo Grande/MS de onde os participantes se ajudam nas necessidades diárias. A jornalista Ana Ostapenko, 35 anos, uma das participantes do grupo e organizadoras da feira diz que já trocava itens com amigos. “Já fazia o ‘escambo fashion’ e pensei ‘por que não fazer uma feira?’”, e assim surgiu a ideia e ela cedeu o local para praticarem o desapego.
Ana vende geléia de amora e trocou alguns periféricos de computador por comida vegana. Segundo ela e seus amigos, a intenção é repetir o evento dentro de 2 ou 3 meses. A jornalista Daiane Libero disse que o evento foi um sucesso e contou com a presença de 10 bancas. “Além dos itens que estavam à venda, houve muita coisa que estava para doação”, revela.
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