10 lições que podemos aprender com a expulsão de Marcos Harter do BBB 17
Médico foi expulso do reality após delegacia da mulher constatar que houve agressões contra Emilly
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Médico foi expulso do reality após delegacia da mulher constatar que houve agressões contra Emilly
Depois que internautas se movimentaram e pressionaram as autoridades policiais a investigarem os constantes abusos do médico Marcus contra a namorada Emilly no Big Brother Brasil 17, o participante finalmente foi retirado do confinamento e expulso do jogo após policiais constatarem que o cirurgião agrediu a gaúcha fisicamente. O anúncio foi feito ao vivo, pelo apresentador Tiago Leifert, na noite da última segunda-feira (10). Desde então, nas redes não se fala de outra coisa. Mas este episódio serve para exemplificar bem como funciona o ciclo de opressões no contexto da violência doméstica. Esta lista traz 10 aprendizados possíveis após a expulsão do médico.
1. Nem toda forma de amor vale à pena
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Claro que não estamos falando de diversidade, mas sim os relacionamentos afetivos nos quais uma das partes é subjugada. A relação entre Marcos e Emilly foi claramente assim: por diversas vezes, Marcos fez comentários vexatórios e humilhantes com Emilly na frente das pessoas. As brigas entre eles eram frequentemente seguidas de dedos apontados na cara dela e encurralamento contra a parede. O agora ex-BBB também chegou a ‘dar gelo’ e a ignorar a namorada diversas vezes desentendia-se com ela.
2. Às vezes, o apoio vem de quem a gente menos imagina
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Logo que Tiago Leifert anunciou que Marcos estava fora do jogo após a titular da Delegacia da Mulher do Rio de Janeiro constatar que houve agressão física, Emilly desatou a chorar e sentiu-se culpada. Foi quando Ieda e Vivian consolaram a sister. Vivian, no caso, passou o programa inteiro como antagonista de Emilly. E mesmo assim, a sister manauara apoiou Emilly num momento de dor. “A Mama gosta muito de ti. E eu e você temos as nossas diferenças, mas jamais a gente vai virar as costas pra alguém”. Para quem não sabe, o nome desse apoio é sororidade.
3. As agressões não são apenas físicas
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Na última briga entre Marcos e Emilly, quem assistiu a discussão se assustou quando o cirurgião alterou drasticamente o tom de voz e gritou com Emilly. “Você tem que ficar comigo independente de quem eu ache que tem que ganhar. Presta atenção”, disse Marcos enquanto acuava Emilly contra a parede. Internautas do país inteiro denunciaram que a atitude de Marcos era violência psicológica, que está no ‘combo’ na violência doméstica.
4. Não podemos ignorar alertas de algumas pessoas
A participante Mayara, segunda eliminada do reality, também foi a primeira líder, ao lado de Vivian. As duas indicaram Marcos ao paredão depois de considerarem assédio a abordagem de Marcos a Emilly durante a primeira festa, que inclusive tentou beijar a sister sem consentimento.
5. A vítima não precisa denunciar agressão física para a polícia agir
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Uma mudança na Lei Maria da Penha permite que a investigação e indiciamento de lesão corporal no caso de violência doméstica possa ter sequência mesmo que a vítima retire a queixa. Foi exatamente o que aconteceu com Emilly, que não formalizou nenhuma reclamação de agressão, mas as imagens foram claras o suficiente para que a titular da Dean (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) determinasse medida protetiva em defesa de Emilly.
6. Sempre vão tentar culpar a vítima
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A história se repete. Sempre que uma mulher é vítima de violência doméstica, seja por agressões físicas, seja por torturas psicológicas, é muito comum que as pessoas perguntem “o que ela fez”. Com Emilly não foi diferente e ela tem sido apontada, principalmente nos comentários das notícias sobre a expulsão de Marcos, como a única responsável por tirar o cirurgião do sério.
7. Muitas vezes a vítima não tem noção do que está acontecendo
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Mesmo tendo sido humilhada e acuada por Marcos, Emilly não conseguiu ver que estava sendo vítima de violência doméstica. A primeira reação da sister foi chorar e sentir culpa. E na sequência, foi reunir os pertences de Marcos e arrumar a mala do namorado. Foi preciso que Vivian explicasse que muitas mulheres não conseguissem sair do ciclo vicioso de um relacionamento abusivo porque não conseguem enxergar ou se conformam com a situação em que foram colocadas na relação.
8. Existe um ciclo de opressão
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Quando uma mulher é agredida por seu parceiro, seja física ou psicologicamente, e ela consegue reagir terminando a relação, é bastante comum que o homem busque reconquistá-la, dizer que errou e que vai mudar. O casal volta a viver uma ‘lua de mel’, mas em pouco tempo o ciclo de opressão se reinicia. No caso das brigas entre Emilly e Marcos, houve arrependimento por parte do médico. Inclusive, na mais recente, Marcos chegou a chorar, pediu desculpas à namorada até que tudo voltasse a ficar bem e ambos voltassem a dormir juntos. Já fora do confinamento, ele pediu desculpas e explicou-se, afirmando que o modelo do programa leva o emocional dos participantes ao limite.
9. O feminismo é mais que necessário
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No entendimento das internautas, somente a pressão popular fez com que Emilly fosse protegida dos abusos psicológicos de Marcos. Foi a repercussão nas redes sociais que alertou a polícia fluminense acerca do que era televisionado na casa. Entretanto, se fosse na primeira edição do programa, há 16 anos, esse tipo de agressão psicológica poderia ter passado incólume. Primeiramente, porque em 2002, ano em que a atração foi ao ar, a Lei Maria da Penha ainda não existia. Segundo porque o empoderamento de mulheres, que resultou em mais consciência acerca das consequências do machismo, ganhou força nos últimos anos. No Twitter, a hashtag #EuViviUmRelacionamentoAbusivo está nos trending topics e muitas mulheres compartilha suas experiências.
10. Apesar de tudo, o machismo continua
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Tão logo a expulsão de Marcos foi confirmada durante o programa ao vivo da última segunda-feira (11), a hashtag que alcançou o topo dos trending topics no Twitter, era #ForçaMarcos, com centenas de milhares de menções. Quer dizer, muito embora o feminismo tenha vencido uma batalha, ainda resta muita gente que acha que Emilly mereceu e provocou toda a violência que sofreu durante seu confinamento.
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