Com 40 exibições, 12ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos começa nesta segunda
Com a exibição de 40 filmes e debates, a 12ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos começa nesta segunda-feira (19). O evento é realizado em celebração aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, e acontece gratuitamente de 19 a 24 de novembro. A abertura acontece no Marco (Museu de Arte Contemporânea) com apresentação […]
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Com a exibição de 40 filmes e debates, a 12ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos começa nesta segunda-feira (19). O evento é realizado em celebração aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, e acontece gratuitamente de 19 a 24 de novembro. A abertura acontece no Marco (Museu de Arte Contemporânea) com apresentação especial de Ju Souc. A exibição de filmes ocorrem nos períodos matutino, vespertino e noturno no Centro Cultural José Octávio Guizzo no decorrer da mostra.
Além da exibição de 40 filmes, serão realizados debates divididos em 4 mostras: Temática, Panorama, Mostrinha, dedicada ao público infanto-juvenil, e Homenagem, que celebra a carreira do ator e diretor Milton Gonçalves. Além das sessões no Centro Cultural, serão feitas sessões especiais nas unidades da Rede Solidária Dom Antônio e Noroeste e no Ismac (Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos).
Os filmes abordam as diversas temáticas dos Direitos Humanos, como memória e verdade, questões de gênero, população negra, população indígena, população LGBT, imigrantes, direito das pessoas com deficiência, direito da criança, direito dos idosos, direito da mulher, direito à saúde, direito à educação, diversidade religiosa e meio ambiente.
A acessibilidade é uma das preocupações do evento, sendo que todas as sessões contam com closed caption e, em sessões selecionadas, haverá áudio descrição e Libras. Os espaços onde ocorrem as exibições também possuem estrutura acessível para receber os diferentes públicos, além de contar com a programação em Braille para consulta.
A mostra, realizada pela Secretaria Nacional de Cidadania do Ministério dos Direitos Humanos, acontece paralelamente nas 26 capitais e no Distrito Federal nos meses de novembro e dezembro com entrada franca. A produção do evento é do Icem (Instituto Cultura em Movimento) do Rio de Janeiro. Em Campo Grande, e realizada pela Render Brasil Produções com o apoio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.
Homenageado – Com mais de 70 filmes no cinema, o ator e diretor Milton Gonçalves, homenageado na Mostra, é um dos mais prolíficos artistas do país. Presente nas telas e palcos desde a década de 50, participou da história da televisão, do teatro e do cinema brasileiros. Sua versatilidade dramática e seu talento venceram as barreiras que normalmente são impostas aos artistas negros no país.
“Sua atuação no cenário político e sua militância pelos Direitos Humanos e contra o racismo o tornam um desses artistas cuja trajetória precisa ser registrada e cuja história deve ser contada para os jovens. Milton Gonçalves soube como poucos manter um rigor artístico e, ao mesmo tempo, uma atuação e coerência política. Com a proximidade de seus 85 anos de vida, em 2018, é fundamental conhecer o homem, marido, pai, político, ator e diretor Milton Gonçalves”, diz a diretora do ICEM Luciana Boal.
O MARCO está localizado na rua Antônio Maria Coelho, 6000 e o Centro Cultural José Octávio Gizzo fica na rua 26 de agosto, 453. Mais informações pelos telefones 3326-7449 ou 3317-1795.
Programação da 12ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos
ABERTURA – Segunda-feira
Dia 19/11 – MARCO – Museu de Arte Contemporânea de MS
Rua Antônio Maria Coelho, 6000
19h – Programa 11 – Panorama – Livre
Tempo: 20 minutos
Nós – 6 minutos – Imigrantes
O filme mostra a trajetória cíclica dos refugiados através dos tempos, uma reedição de acontecimentos passados.
Do Outro Lado – 14 minutos – População LGBT
Às vésperas de uma importante decisão, a juíza da Corte Suprema de Taiwan recebe uma carta inesperada.
20 a 24/11/18 – Centro Cultural José Octávio Guizzo
Rua 26 de Agosto, 453 – Centro
Dia 20/11 – Terça-feira
9h – Programa 6 – Panorama – Livre
Tempo: 1h49
Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones – 25 minutos – Direito a pessoa com Deficiência
História da criação da Banda “Os Goiabeiras” da qual fazem parte três pessoas com deficiência: um paralisado cerebral e dois autistas.
Nunca Me Sonharam – 1h24 – Direito à Educação
Os desafios do presente, as expectativas para o futuro e os sonhos de quem vive a realidade do Ensino Médio nas escolas públicas do Brasil. Na voz de estudantes, gestores, professores e especialistas, “Nunca me sonharam” reflete sobre o valor da educação.
14h – Programa 19 – Mostrinha – Livre
Louise – 5 minutos
Durante brincadeira de futebol de rua entre quatro garotos a bola é chutada para longe e cai próximo a Louise e Bia. Juca corre para pegar a bola, percebe a habilidade das duas garotas para o futebol e as convida para brincar. Iago não aceita a participação delas mas Louise não quer ficar fora do jogo.
A Bicicleta do Vovô – 22 minutos
A Bicicleta do Vovô é um curta metragem para crianças e adultos que aborda a relação entre avô e neto. Em um lugar muito distante, O Reino do Sertão Pelejado, homens-morcegos capturam lendas através de televisores. Surgem, então, o Super Tigre e o Mestre Conselheiro para salvar o nosso planeta das forças malignas da Feiticeira Mabá. É contando essas histórias que vô Rui transforma a infância do neto Cauê em um universo de aventuras e fantasias, re-significando símbolos através de um olhar mais lúdico sobre as coisas da vida.
Príncipe da Encantaria – 11 minutos
As margens do Rio Negro a imaginação de Aninha cria asas enquanto Vó Esmeralda conta-lhe a estória de Benito, o boto cor de rosa.
A Natureza Agradece – 14 minutos
Bernardo vive em um pequeno rancho cheio de diversidade ambiental, um dia uma fábrica aparece colocando em risco toda a natureza.
A Câmera do João – 22 minutos
Uma faixa de luz passa por uma pequena perfuração, e se faz imagem. João descobriu que fotografias são heranças.
16h – Programa 4 – Temática – Livre
Tempo: 1h10
Heróis – 1h10
A judoca Rafaela Silva foi a primeira atleta da delegação brasileira a ganhar uma medalha de ouro nas Olimpíadas do Rio em 2016, levando toda nação as lágrimas. Popople Misenga, o congolês convidado a participar da delegação composta por refugiados, fez o mesmo. Além disso, como esquecer de Rogério Sampaio e o ouro no mesmo esporte durante as Olimpíadas de Barcelona em 1992. A partir de uma abordagem heroica, a carreira desses desportistas é transformada em filme.
19h – Programa 13 – Panorama – Livre – Sessão com Debate
Tempo: 1h17
Outro Olhar – 34 minutos – Direitos a pessoa com deficiência
A história da estudante gaúcha Renata Basso, que tem síndrome de Down e acaba de concluir o ensino médio, é o fio condutor de um retrato impressionante sobre a educação inclusiva no Brasil. Por meio de entrevistas com professores, colegas de classe, familiares e a própria Renata, o filme mostra que o esforço coletivo torna possível oferecer uma aprendizagem de qualidade a estudantes especiais.
Monocultura da Fé – 23 minutos – População Indígena
Como no resto do país, também entre os Guarani Kaiowá, a igreja evangélica vem ganhando espaço. O minidocumentário percorre aldeias do Mato Grosso do Sul para mostrar denúncias das cada vez mais frequentes violências cometidas por grupos evangélicos contra a população indígena.
Waapa – 20 minutos – População Indígena
O documentário propõe um mergulho inédito na infância Yudjá (Parque Indígena do Xingu/MT) e os cuidados que acompanham seu crescimento. O brincar, a vida comunitária e as influências de uma relação espiritual com a natureza.
Dia 21/11 – quarta-feira
9h – Programa 16 – Panorama – 16 anos
Tempo: 1h37
Menina de Barro – 1h37 – Bullying
A jovem Diana é uma garota habilidosa e especial. Na aurora de seus 12 anos de idade já carrega uma bagagem de conhecimento e talento que se mostra difícil de lidar: ela traz a estigmatizada e dadivosa marca de ser superdotada. Entre a solidão e a curiosidade, entre a agressividade e o carinho, Diana vai tecendo uma autocrítica minuciosa ao passo que descobre a força do conhecimento e da amizade para liberar seus impulsos mais solidários. Ao mesmo tempo que busca “combater” o Bullying em sua escola, Diana precisará estar pronta para enfrentar seus problemas de família, seu coração e uma fúria típica daqueles que não se contentam com a apatia alheia. Demais para uma garotinha? Sinta-se convidado para descobrir de qual barro são feitas as guerreiras.
14h – Programa 10 – Panorama – Livre
Tempo: 43 minutos
A Rua Noiz – 14 minutos – Cultura, Educação e Direitos Humanos Brasil. O documentário trata das realidades enfrentadas dentro da periferia do Grande Bom Jardim, e de como uma mulher que aos 5 anos de idade vendia verduras e aos 35 dirige a maior escola de dança de Fortaleza em número de atendidos.
Enrolado na Raiz – 23 minutos – População Negra
Mulheres negras falam sobre as diferentes formas de violência física e simbólica que o racismo impõe cotidianamente sobre seus corpos. Desejos, sonhos, frustrações, traumas e enfrentamentos são expostos em falas que recuperam experiências da infância.
16h – Programa 3 – Temática – 12 anos
Tempo: 1h14
Henfil – 1h14
O documentário registra uma proposta curiosa feita a uma turma de jovens animadores: tentar trazer para a atualidade as obras do cartunista, jornalista e ativista brasileiro Henrique de Souza Filho, o Henfil. Além desse processo, o filme traz depoimentos de amigos e revelações sobre como o artista hemofílico lidava com sua doença e utilizava seus desenhos como instrumento de luta contra a censura política de sua época.
19h – Programa 7 – Panorama – 14 anos – Sessão com Debate
Tempo: 1h35
À Espera – 22 minutos – Direito a criança e adolescente e Questão de Gênero
Em Moçambique, 39% de meninas se casam antes dos 15 anos com homens mais velhos que elas, fazendo com que o país se encontra em 10º lugar entre os países mais afetados pelos casamentos prematuros, negando seus direitos como o da Educação e de serem o que elas quiserem.
Chega de Fiu Fiu – 1h13 – Questão de Gênero
O retrato do dia a dia de três mulheres com vidas distintas, mostrando como a violência de gênero é constantemente praticada no espaço público urbano. Dessa forma, as diretoras Amanda Kamanchek Lemos e Fernanda Frazão procuraram especialistas para discutir sobre o assunto, buscando encontrar respostas e alternativas para a uma questão fundamental: Será que as cidades foram feitas para as mulheres?
Dia 22/11 – quinta-feira
9h – Programa 15 – Panorama – Livre
Tempo: 58 minutos
Batuque Gaúcho – 26 minutos – Diversidade Religiosa
O Batuque Gaúcho é o nome dado a religião africana no Rio Grande do Sul, maior fenômeno religioso do Brasil, com cerca de 8 a 10 mil casas em todo o Estado. Mesmo assim, ainda é a que mais sofre preconceitos e está inviabilizada devido o racismo.
As Sementes – 32 minutos – Meio Ambiente
Neneide fala sobre empoderamento feminino e como o grupo “Mulheres Decididas a Vencer” passou a trabalhar com abelhas num assentamento no Rio Grande do Norte. Izanete resiste ao agronegócio que ocupa extensas terras no Rio Grande do Sul, onde produz leite ecológico e pães para a merenda escolar. Para Efigênia, horta é terapia e o trabalho na roça em Minas Gerais, independência. Maria dos Santos recorda lutas pela posse da terra e igualdade de gênero e contra a desnutrição nas áreas quilombolas da Bahia. Quatro sementes da economia solidária, do cooperativismo, do feminismo, da agroecologia.
10h – Programa 17 – Panorama – 12 anos
Tempo: 1h30
Sociedade Etiquetada – 5 minutos – Direitos Humanos
Fernando, um homem gay, vive em uma sociedade que os rótulos sociais, que são dados a nos por outras pessoas, são vistos a olho nu, e ele tem que suportar o dia a dia dentro dessa sociedade cada dia mais cansado.
Tente Entender o Que Eu Tento Dizer – 1h25 – Direito a Saúde
Tente Entender é um documentário sobre a força do coletivo e da militância na transformação das pessoas e de uma realidade marcada pelas barreiras impostas pelo HIV. Um contraponto à desinformação, o filme mostra que a vida é rica em possibilidades ao acompanhar a vida de 6 personagens soropositivos das mais variadas classes sociais, profissões, orientações sexuais e religiosas em seu cotidiano.
14h – Programa 9 – Panorama – Livre
Tempo: 1h47
O Começo da Vida – 1h47 – Direito da Criança
Um dos maiores avanços da neurociência é ter descoberto que os bebês são muito mais do que uma carga genética. O desenvolvimento de todos os seres humanos encontra-se na combinação da genética com a qualidade das relações que desenvolvemos e do ambiente em que estamos inseridos. O Começo da Vida convida todo mundo a refletir como parte da sociedade: estamos cuidando bem dos primeiros anos de vida, que definem tanto o presente quanto o futuro da humanidade?
16h – Programa 8 – Panorama – 16 anos
Tempo: 1h19
Rua das Casas Surdas – 8 minutos – Memória e Verdade
Em uma vizinhança silenciosa, durante a ditadura nos anos 70, Carlos e Ernesto aproveitam o intervalo do jogo no rádio para voltar ao trabalho.
Marcos Medeiros – Codinome Vampiro – 1h11 – Memória e Verdade
O documentário apresenta Marcos Medeiros, um personagem esquecido da nossa história que foi líder estudantil em 1968. Preso, torturado, cassado e exilado na Europa, Marcos começou a se dedicar ao cinema, tendo feito curtas com Chris Marker na França, um longa com Glauber em Cuba, e depois trabalhado na Itália com Rosselini. De volta ao Brasil, nos anos 80, com a anistia, Marcos inicia um trabalho pioneiro em vídeo, mas não encontra um espaço para viabilizar sua arte que não se identificava com o main stream. A incapacidade de se inserir numa sociedade burguesa e sem utopias leva Marcos à depressão. Morre em 1997 depois de uma longa internação no Pinel.
19h – Programa 12 – Panorama – 16 anos
Tempo: 49 minutos
Narrativas de Um Crime – 15 minutos – Combate à Violência e LGBT
Constantin, um investigador da Polícia Civil e aspirante a escritor, está em busca de uma boa história. Paulo, um Policial Militar, acaba de voltar de um período de suspensão da corporação em que trabalha. Os diferentes pontos de vista de Constantin e Paulo colidem quando eles se cruzam numa cena de um crime: uma jovem drag queen foi brutalmente assassinada. O conflito entre eles desconstrói preconceitos e flerta com a tragédia, revelando uma dura realidade repleta de ironias, lágrimas e sangue.
Um Café e Quatro Segundos – 15 minutos – Memória e Verdade Brasil
Dois torturadores se encontram para tomar um café depois de mais de trinta anos sem se verem, para acertarem contas daquela época.
Lacerda – O Corvo da Guanabara – 19 minutos – Memória e Verdade
O filme reconstitui a trajetória de Carlos Lacerda, ex-governador da Guanabara e líder radical da UDN em formato cinejornal, visando iluminar sua participação direta em conspirações e tentativas de golpe em momentos chave da história do Brasil.
Dia 23/11 – sexta-feira
9h – Programa 14 – Panorama – Livre
Tempo: 1h05
Uma Bala – 2 minutos – Defesa aos Defensores de Direitos Humanos
Marielle Franco foi assassinada em 14 de março de 2018. Quem matou Marielle? Quem mandou matar Marielle? O crime permanece sem solução! “Uma bala. Uma bala realmente abala. Abala, mas não cala. Quem batalha por igualdade!”
Nomes que Importam – 15 minutos – População LGBT
Filme que aborda a importância dos nomes sociais das pessoas trans. O curta-metragem nomes que importam revela as histórias que permeiam as escolhas dos nomes das travestis e transexuais que participam do filme. Por meio de depoimentos, o documentário aciona memórias afetivas.
Repense o Elogio – 48 minutos – Questão de Gênero
Repense o Elogio é um documentário que propõe a reflexão sobre a maneira como as crianças são elogiadas. Enquanto meninas são lindas, princesas e delicadas, meninos são fortes, inteligentes e corajosos. Até que ponto estes adjetivos aprisionam o verdadeiro ser de cada um? Este é um filme que reflete sobre o poder das palavras e da cultura, que trouxeram este desequilíbrio tão profundo na forma que elogiamos meninas e meninos.
10h10 – Programa 2 – Temática – Livre
Tempo: 1h12
Eduardo Galeano Vagamundo – 1h12 Amigos e profissionais do mundo artístico contam suas lembranças do escritor e jornalista uruguaio Eduardo Hughes Galeano, que faleceu em 2015. A trajetória de Galeano, autor do livro “As Veias Abertas da América Latina”, foi fortemente marcada pelo seu desejo de conhecer o mundo sempre buscando estar em contato com as belezas da vida.
14h – Programa 1 – Panorama – 14 anos
Tempo 1h40
Café com Canela – 1h40
Após perder o filho, Margarida (Valdinéia Soriano) vive isolada da sociedade. Ela se separa do marido Paulo e perde o contato com os amigos e pessoas próprias. Um dia, Violeta (Aline Brunne) bate à sua porta. Trata-se de uma ex-aluna de Margarida, que assume a missão de devolver um pouco de luz àquela pessoa que havia sido importante pra ela na juventude.
16h – Programa 24 – Homenagem – 14 anos
Tempo: 2h14
Eles Não Usam Black Tie – 2h14
Eles não usam black-tie debruça-se sobre os conflitos, contradições e anseios da classe trabalhadora no final dos anos 1970, na crise final da ditadura militar. Baseado em peça homônima de Gianfrancesco Guarnieri escrita duas décadas antes, o filme adota uma narrativa realista que situa, em pólos antagônicos, a esperança na ação coletiva e a aposta nas saídas individuais, como alternativa de vida para os trabalhadores. Em torno do conflito entre o pai sindicalista, Otávio (Guarnieri), e o filho alienado, Tião (Carlos Alberto Ricelli), constrói-se uma trama comovente que reflete os efeitos da luta pela sobrevivência no seio da família operária. Eles não usam black-tie cativou o público e a crítica, e recebeu vários prêmios, entre os quais se destaca o Leão de Ouro no Festival de Veneza de 1981.
19h – Programa 23 – Homenagem – 18 anos
Tempo: 1h50
Rainha Diaba – 1h50
Lapa, Rio de Janeiro. Diaba (Milton Gonçalves), um homossexual, comanda de um dos quartos de um bordel, uma quadrilha responsável pelo controle de vários “pontos” de venda de droga. Sabendo que um dos seus homens de confiança está para ser preso, Diaba “fabrica” um novo marginal, para depois entregá-lo a polícia. Ela encarrega Catitu (Nélson Xavier), seu homem de confiança, de fazer isto. Catitu decide que o alvo será Bereco (Stepan Nercessian), um garotão cheio de si que é sustentado por Isa (Odete Lara), uma cantora de cabaré. Catitu atrai Bereco para um série de crimes e faz dele um “perigoso bandido”. Acontece que Bereco passa a acreditar nesta “fama”. Diaba começa a ter seu poder diminuído quando Bereco pretende controlar a venda das drogas e Catitu, por sua vez, deseja aumentar seu poder.
Dia 24/11 – sábado
14h – Programa 21 – Homenagem – 16 anos
Tempo: 1h58
Lúcio Flávio, O Passageiro da Agonia – 1h58
Enfoca as ligações entre ladrões e policiais. Lúcio Flávio é um bandido famoso que empreende fugas e ações espetaculares. Seu bando é trazido por um detetive que acobertava suas ações, que acaba sendo denunciado por Lúcio numa reunião com a imprensa. É oferecido um passaporte para fugir do país e não denunciar o policial; entretanto ao saber que seu irmão foi morto, ele recusa. Ao voltar para sua cela, é executado à facadas.
16h – Programa 22 – Homenagem – 14 anos
Tempo: 1h50
O Que é Isso Companheiro – 1h50
Em 1964, um golpe militar derruba o governo democrático brasileiro e, após alguns anos de manifestações políticas, é promulgado em dezembro de 1968 o Ato Constitucional nº 5, que nada mais era que o golpe dentro do golpe, pois acabava com a liberdade de imprensa e os direitos civis. Neste período vários estudantes abraçam a luta armada, entrando na clandestinidade, e em 1969 militantes do MR-8 elaboram um plano para sequestrar o embaixador dos Estados Unidos para trocá-lo por prisioneiros políticos, que eram torturados nos porões da ditadura.
18h – Programa 20 – Homenagem – 16 anos
Tempo: 2h26
Carandirú – 2h26
Carandiru, história baseada em fatos reais e no livro escrito pelo médico Drauzio Varella (Luiz Carlos Vasconcelos), começa quando ele resolve fazer um trabalho de prevenção à AIDS no maior presídio da América Latina: a Casa de Detenção de São Paulo, o Carandiru, vítima de um dos dias mais negros da história do Brasil, quando a Polícia Militar do Estado de São Paulo, a pretexto de manter a lei e a ordem, fuzilou 111 pessoas. Ali, o médico toma contato com o que, aqui fora, temos até medo de imaginar: violência, superlotação, instalações precárias, falta de assistência médica e jurídica, falta de tudo. O Carandiru, com seus mais de sete mil detentos, merece sua fama de inferno na terra. Porém, nosso personagem logo percebe que, mesmo vivendo numa situação limite, os internos não representam figuras demoníacas. Ao contrário, ele testemunha solidariedade, organização e, acima de tudo, uma grande disposição de viver. Não é pouco e é o suficiente para que ele, fascinado, resolva iniciar um trabalho voluntário. Oncologista famoso, habituado a mais sofisticada tecnologia.
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