Filme sobre o rapper Sabotage, morto em 2003, estreia nesta quinta-feira

Diretor de documentário, Ivan 13P diz que ele foi ‘um músico diferente’  

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Diretor de documentário, Ivan 13P diz que ele foi ‘um músico diferente’

 

Doze anos depois das primeiras imagens gravadas, chega aos cinemas nesta quinta-feira (5) o documentário “Sabotage: O maestro do Canão”, que repassa a trajetória do rapper paulistano, assassinado aos 29 anos, em janeiro de 2003. Na entrevista as seguir, o diretor Ivan 13P fala sobre a longa gestação do filme, que a partir desta quinta-feira (5) ganhará uma sessão diária — e gratuita — no Espaço Itaú de Cinema.

 

Em que circunstâncias vocês gravaram a entrevista com o Sabotage que está no documentário?

Na verdade, filmamos o depoimento dele para um outro documentário, chamado “Favela noir”, sobre o movimento hip-hop paulista, que só foi lançado em 2007. Mais ou menos cinco meses depois desse encontro, o Sabotage foi assassinado. Foi aí que tive a ideia de fazer um filme só sobre ele, de forma independente, a partir do material que não foi usado no “Favela noir”, no qual ele fala sobre o próprio trabalho e sobre a vida pessoal. Só em 2010 é que o Denis Feijão entrou como coprodutor, e foi aí que entramos com o projeto em leis de incentivo. Fechamos os patrocínios só em 2012.

 

Por que a opção de não explorar a morte do músico?

A ideia era priorizar a carreira artística do Sabotage, o trabalho que ele deixou. Ninguém é fã dele até hoje por causa de seu passado de traficante de drogas, mas por ter sido um músico diferente, que atrai um público variado, em idade e classe social. As pessoas o têm como ídolo da música. É claro que a passagem dele pelo tráfico teve importância na trajetória dele. Sei que muita gente vai ver o filme porque acha que vamos desvendar o crime, mas esse não era o nosso foco. Tentamos entender porque o Sabotage é uma pessoa tão adorada até hoje.

 

A família do músico contribuiu para o projeto?

Eles nos ajudaram desde o início, tanto a viúva quanto o filho do Sabotage, Wanderson Rocha, o Sabotinha. E não só com depoentes, mas como colaboradores da produção. O Sabotinha esteve com a gente em várias entrevistas. A família ficará com a maior parte do lucro que o filme tiver.

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