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Vestido de noiva de crochê viaja quase 3 mil km e faz Josi receber várias encomendas em MS: ‘Tradição’

Estilista ressalta que vestido é uma "experiência afetiva incrível", além de ser uma peça atemporal
Graziela Rezende -
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(Josineide Silva/Arquivo Pessoal)

Zero provas intermináveis, zero camadas de pano e aquele véu extenso e zero “vestido padrão”. Estas são noivas que optaram pela tradição, pela experiência afetiva ou então pela exclusividade que traz o crochê, agora em vestidos de noiva. A ideia foi da artesã e estilista Josineide Silva, de 36 anos, que não só mandou uma peça de Campo Grande para Miguel Alves, no Piauí, como passou a divulgar o vestido de noiva de crochê e está recebendo várias encomendas.

“O vestido foi para minha madrinha de batismo. Ela ligou falando do casamento dela, aos 68 anos, e eu perguntei na hora se já tinha o vestido. Ela disse que não e vi ali a oportunidade de vestir a primeira noiva, então, pedi a ela para enviar suas medidas de busto, cintura, quadril e comprimento da saia e ela me enviou. Minha mãe levou o vestido de carro, quase três mil quilômetros, e ficou do jeitinho que planejamos”, comentou Josi, como é conhecida.

Vestido foi feito em MS e enviado ao Piauí; noiva não fez nenhuma ‘prova’ antes (Josineide Silva/Arquivo Pessoal)

Durante a confecção, a artesão disse que a madrinha a deixou livre para criar o modelo e apenas pediu que tivesse manga e não fosse decotado. “Demorei mais de 40 dias para confeccionar, pois, estava fazendo outros trabalhos paralelos ao vestido, mas, a média de produção de um vestido deste é de 25 dias úteis. Depois dela, já vesti mais noivas e mandei vestido até para o interior do Estado, pelos Correios”, contou.

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Conforme Josineide, desde o ano de 2020, ela planejava criar uma coleção de vestidos de noiva em crochê e também cursar a faculdade de moda. “Era um plano para 2021, porém, engravidei da minha bebê, o quarto filho, achei que não daria conta de ser mãe e empreendedora e deixei de lado este plano. Só que aí, no segundo semestre do mesmo ano, surgiu a oportunidade de cursar Design de Moda e, em 2022, voltei a sonhar com a coleção”, relembrou.

Artesã confecciona vestidos orando pelas noivas

Estilista confecciona peças orando pelas noivas (Josineide Silva/Arquivo Pessoal)

Uma curiosidade é que Josineide faz o vestido enquanto ora pelas noivas. “Este vestido foi uma benção sobrenatural, pois, a noiva Maria Fernanda não poderia engravidar e eu trabalho orando pelas minhas noivas, para que Deus abençõe a vida delas, seu casamento e sua futura família. No meio da produção do vestido, veio a notícia de que ela havia conseguido engravidar naturalmente. Foi muita alegria”, comentou.

Uma das outras noivas, ainda de acordo com a estilista, foi “uma pediatra muito querida”, a qual escolheu um conjunto de cropped e saia, bem delicados. “Ela pensou justamente na possibilidade de montar outros looks além do casamento. E tudo isso ocorreu com a produção do vestido da minha madrinha, que abriu portas e comecei a participar de grandes grupos de empresários da capital, possibilitando o lançamento da minha coleção em grande estilo, na passarela do maior circuito de moda do mundo, o Mato Grosso do Sul Fashion Week de 2022”, afirmou.

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Tradição na família materna, Josi disse que fica honrada em fazer crochê e ressalta que madrinha falou sobre o fato de ter uma peça única e feita por sua afilhada e sobrinha.

“Enviei o vestido pela minha mãe e chegou tudo perfeito, graças a Deus, assim como as outras encomendas. É uma experiência afetiva incrível para noivas que amam o carinho de suas ancestrais, pois, é isso que o crochê nos traz. Apesar de termos muitas jovens trabalhando com crochê, a lembrança que sempre fica é a da avó fazendo toalhinhas para enfeitar a casa, enxoval dos bebês, os vestidinhos infantis, então, além de ser uma peça atemporal, que você vai poder usar em diversas ocasiões, também traz essa memória afetiva”, finalizou Silva.

Estilista lançou vestidos em desfile em MS (Josineide Silva/Arquivo Pessoal)

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