Jovem médica retorna para cidade pantaneira e realiza sonho de fazer cirurgia inédita
Após estudar nove anos fora, tanto em São Paulo como em Campo Grande, Bruna retornou para sua cidade natal e participou do procedimento
Graziela Rezende –
Aquela história do filho pródigo, que saiu do interior para estudar na Capital e nunca mais voltou, não se aplica a Bruna Miliatti Albres, de 29 anos. Após seis anos de medicina em São Paulo e mais três de residência médica, em Campo Grande, tinha o sonho de retornar e fazer melhorias em Anastácio, sua cidade natal.
Assim, presenciando a agilidade de reduzir a fila de cirurgias eletivas, com o uso de um equipamento a laser, insistiu até levar o mesmo para a região pantaneira, tendo, como agradecimento, o sorriso, abraço e depoimento dos pacientes.
A primeira cirurgia ocorreu no último dia 31 de agosto. “No interior não tinha disponível pelo SUS [Sistema Único de Saúde], nem na cidade e nem no entorno ali, então, tivemos que fazer este esforço. Eu comecei a trabalhar lá no hospital em abril e, desde então, a gente correu atrás de fazer os orçamentos. Foi um trabalho em equipe e a cirurgia deu certo no sábado, de retirada de vesícula”, contou Bruna.
Conforme a médica, não só a paciente que fez o procedimento, como outro, já estavam aguardando entre dois a cinco anos.
“Ela já estava na expectativa em realizarmos a cirurgia por vídeo. Nós já tínhamos feito os exames necessários e eu disse a ela que iríamos conseguir. Agora, a intenção é atender todo mundo e acabar com esta fila”, disse.
Ainda de acordo com a Bruna, que é cirurgiã geral, o procedimento com corte resulta em muita dor, por ser “uma incisão bem grande”. “Demora cerca de 30 dias para pessoa retomar as atividades do dia a dia e, no outro caso, em metade do tempo ou menos que isso, a pessoa já retoma as atividades rotineiras, sem dor. Estar aqui em Anastácio, fazendo um bem para a população, sempre foi um desejo meu”, argumentou.
Conforme a assessoria de imprensa do Abramastacio (Associação Beneficente Ruralista de Assistência Médica Hospitalar), esta foi a primeira cirurgia em vídeo, desejo não só da jovem médica, mas, de todos da equipe, o que resultou em uma “evolução” para cidade e benefícios aos pacientes, tais como: recuperação rápida e com menos dor, cicatrizes menores e redução na taxa de infecções, menos sangramento, além de menor risco de complicações.
Confira aqui o momento da cirurgia com o equipamento de videolaparoscopia em Anastácio:
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