Campo-grandense passa perrengue em avião após passageira ler sermões da Bíblia em pleno voo
Diferente da “diva da janela” que viralizou no país, campo-grandense aceitou mudar de lugar em avião após atitude de passageira
João Ramos –
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Perrengues em aviões volta e meia acontecem e causam transtornos aos passageiros. O fato dos viajantes estarem nas alturas e, de certo modo, espremidos nas poltronas das aeronaves cria o cenário perfeito para uma confusão daquelas, sem ninguém ter para onde correr.
Como a história da moça que se recusou a ceder seu assento para uma criança que chorava no meio de um voo, em vídeo viralizado nesta quarta-feira (4) no Brasil. Só que, em caso vivido esta semana por uma jornalista de Campo Grande (MS), o desfecho foi diferente.
Ao contrário da “diva da janela” que se negou a mudar de lugar (e fez muito bem, na opinião de boa parte dos brasileiros), a comunicadora da Capital não teve coragem de entrar em confronto e aceitou sentar em outra poltrona após situação desconfortável causada por uma passageira.
Ao Jornal Midiamax, ela conta que viajou no último fim de semana para o casamento de uma amiga no Rio de Janeiro e, na volta para casa, passou pelo transtorno.
“Ela não parou”: campo-grandense foi espantada por passageira que leu sermões
A jornalista relata que, após o domingo de festa, retornou para Campo Grande na segunda-feira (2) de manhã. Mas, segundo ela, as situações desgastantes começaram no aeroporto durante a madrugada, antes mesmo do embarque.
“Eu já estava cansada, pois o casamento foi domingo, saí do hotel meio dia e levei minhas coisas para o local da festa. Cheguei no aeroporto (Santos Dumont) de madrugada e estava tudo fechado, tinha apenas uma pequena área para que as pessoas que fossem chegando aguardassem. Isso se manteve até às 4h da manhã, fiquei surpresa pois nunca vi aeroporto fechar assim. Às 4h, quando abriram os outros setores, a parte de embarque continuava fechada e só liberaram às 4h30. Então isso tudo já foi um grande estresse“, recorda a jornalista.
Mas o verdadeiro caos aconteceu logo que a passageira que comprou o assento ao seu lado embarcou na aeronave. “Eu sentei na poltrona do corredor e a passageira da janela, assim que se acomodou, começou a ler sermões da Bíblia que estavam abertos em seu celular. Ela não parou nem no momento da decolagem, quando é exigido que os aparelhos eletrônicos sejam desligados”, conta.
“Achei injusto”, lamenta jornalista sobre decisão da companhia aérea
Além de infringir uma regra básica para viagens de avião, a passageira seguiu incomodando os demais com sua leitura em voz alta. No entanto, a campo-grandense foi a mais afetada, pois estava ao lado da religiosa.
“O problema foi que ela não estava lendo apenas com os olhos/mentalmente, ela estava falando. Eu entendia algumas palavras e ficava aquele zumzumzum semelhante ao de abelha”, detalha a comunicadora.
Conforme a jornalista, a situação durou aproximadamente 50 minutos dentro do voo. “O avião decolou e ainda aguardei algum tempo, até que decidi levantar e falar com a comissária, que perguntou se eu gostaria de trocar de lugar“, relembra ela.
“Acabei topando e fui sentar nas saídas de emergência, que são poltronas que ninguém curte. Achei injusto, pois eu escolhi meu lugar com antecedência e acabei tendo que mudar, mas não queria causar alarde nem problemas dentro do voo”, desabafa.
Nesse caso, o desfecho foi diferente
A campo-grandense optou por não “bater o pé” e nem fazer escândalo no avião para garantir a tranquilidade em seu voo. Já na história que viralizou nesta quarta (4), Jeniffer Castro, a mulher que ficou conhecida como “diva da janela”, não cedeu às pressões de uma mãe e não deu seu assento para uma criança que estava chorando na aeronave. Isso, inclusive, a fez ficar famosa e ser apludida em todo o Brasil.
Nas duas situações, fica evidente o quanto o bom senso, bem como as noções de coletividade se fazem necessárias para que todos tenham uma viagem confortável e tranquila. Para os internautas, a moça que não saiu de sua poltrona fez muito bem e é um exemplo a ser seguido, já que pagou pelo lugar e não abriu mão de seu direito. Por isso, ela ganhou o apelido de “diva da janela” nas redes sociais.
Em contrapartida, a atitude da mãe da criança, que ofendeu a passageira por não fazer a vontade de seu filho, está sendo condenada e usada como exemplo de falta de noção em viagens coletivas.
No caso da campo-grandense, o debate envolve religião e os limites que cada um tem de se expressar não apenas dentro de um avião, mas em qualquer meio de transporte onde hajam mais pessoas. “Me senti incomodada e achei uma falta de respeito, porque além de tudo o Estado é laico e ela nem questionou se eu me importava, apenas ficou lá falando e falando”, lamenta a jornalista de Campo Grande.
“Duvido que se fosse o contrário ela não se incomodaria. Eu estava cansada, chegaria e já iria trabalhar, precisava descansar o máximo que conseguisse e acabei não conseguindo devido à falta de noção que ela apresentou”, dispara a comunicadora.
Ela ainda complementa dizendo não se importar com gostos, jeitos e religiões diferentes, desde que não seja incomodada ou tenha seu espaço invadido. “Acho que faltou uma atitude da companhia aérea também, eu embarquei primeiro, cheguei primeiro e no fim fui desrespeitada. Faltou mais atitude quanto a isso, até porque o Estado é laico”, finaliza.
Procurada pelo Jornal Midiamax para comentar o caso, a companhia aérea ainda não se manifestou. Caso o faça, este texto será atualizado. E você, já passou algum perrengue semelhante dentro de um avião? Envie sua opinião ou sua história para a nossa reportagem:
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