Morre o cantor Castelo, chamamezeiro nato de Mato Grosso do Sul

Castelo morreu aos 72 anos e deixou um legado imensurável para o chamamé

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Cantor Castelo foi um dos chamamézeiros mais tradicionais de MS – (Fotos: Reprodução/Divulgação)

Morreu neste domingo (9) o cantor Castelo, um dos chamamezeiros mais tradicionais de Mato Grosso do Sul. Ele tinha 72 anos e deixou um legado imensurável para a cultura do chamamé do Estado, tornando-se um ícone do gênero. A causa da morte ainda não foi informada pela família.

Natural de Três Lagoas, seu nome de batismo era Antônio Rodrigues de Queiroz. Como cantor, começou a carreira ainda nos anos 1960, ainda de forma amadora, e foi se profissionalizando com o passar das décadas, somando mais de 50 anos de carreira profissional.

Castelo fez parte de emblemáticas duplas e grupos do chamamé em Mato Grosso do Sul, a começar pela dupla com Durvalino de Souza, ainda nos anos 60, com quem se apresentava na Rádio Educação Rural de Campo Grande Grande. Em seguida, formou o trio Serenata com seu irmão Alex e Queiroz, fase em que se iniciaram as gravações de discos. Atualmente Castelo soma 46 discos, os mais recentes “Almas Chamamezeiras” (Junior & Castelo) e coletânea com Marozane (ex-Originais da Fronteira).

Na década de 70, fundou o Trio Serenata, formado por Queiróz (Castelo), o saudoso Alex e Cidinho Castelo. Já nos anos 80, fundou o grupo “Os Filhos do Pantanal”, marcado por grandes sucessos como “Terra Tombada” do saudoso (José Fortuna) e Me Pisa Morena (Castelo, Alex).

Em seguida, na década de 90, juntamente com Mansão, gravou o 13º vinil e CD, intitulado “Garça Branca”, incluindo sucessos como “Tardes Morenas de Mato Grosso” do saudoso (Goiá), Cidade de Lona (Goiá, Castelo) e Mi Vida Comprende de (Ernesto Ferreira).

Também da década de 90 fundou o Grupo Pantanal, composto por Castelo, Mansão, Joãozinho, Aldo e Germano. Neste CD, estiveram presentes clássicos do chamamé correntino como La Bailanta, El Forasteiro, Coisas do Poeira, Adaptação do Chamamé correntino Amélia(Transito Cocomarola) e o grande sucesso: Depois que a Rosa Mudou (Serrinha)

Na década de 2000, Fundou o Grupo Carandá e gravou o Cd que tem o título de “… Num Baile de Chamamé”, neste cd foram incluídos vários clássicos do chamamé correntino como: Paysano Y Campero, Tito Bombland e Voltarei em Teus Braços (Emiliano Cardozo).

Até seus últimos dias, Castelo seguiu contribuindo com a música sul-mato-grossense. Nos últimos anos, lançou importantes discos como “Castelo, 44 anos de estrada” e “Castelo Chamamés e Guarânias”.

Castelo será velado na Câmara Municipal de Campo Grande a partir das 12h30 desta segunda (9). Já o sepultamento está marcado para esta terça (11), a partir das 8h30, no Cemitério Jardim das Palmeiras.

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