Alvo de disputas, xadrez de capivaras criado em MS é vendido por quase R$ 4 mil: ‘achei barato’

“Só isso?”: Em instantes, jogo de xadrez de capivaras foi comprado por um preço considerado baixo demais pelos internautas que se encantaram com a peça

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xadrez de capivaras
Tabuleiro encantou internautas e todo mundo quer o jogo – (Fotos: Marina Torrecilha)

Peça única, o tabuleiro de xadrez ambientado no pantanal, com pecinhas em formato de capivara, foi vendido em instantes neste sábado (8), por um valor considerado barato demais pelos interessados. Antes disso, o jogo acabou sendo alvo de disputas: é que todo mundo queria levar a peça.

Criado pela artista plástica de Campo Grande Marina Torrecilha, o xadrez de capivaras ganhou inúmeros interessados pelo Brasil. Marina publicou imagens de sua criação nas redes, o vídeo viralizou e, desde então, a sul-mato-grossense não parou mais de receber ofertas.

Só que o preço ainda não estava definido. Contudo, depois de dias avaliando e calculando direitinho, a artesã finalmente chegou a uma conclusão e definiu o valor do tabuleiro. Neste sábado (8), ela finalmente anunciou a quantia solicitada pela obra e abriu para venda em seu site .

Em questão de minutos, o jogo de xadrez pantaneiro foi vendido por nada menos que R$ 3.900. E não se trata só de um jogo, a peça também é considerada uma obra de arte, tanto que foi tão disputada a ponto dos próprios interessados pedirem um leilão.

“Moça, não vende por menos de 5 mil”, avisou um seguidor. “Achei barato, pensei que fosse custar mais de 5 mil”, opinou outro. “3.900 é até pouco” e “Só isso?” foram alguns comentários incrédulos com o preço da obra.

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Até quem não sabe jogar quer xadrez de capivaras

Ao Jornal Midiamax, a criadora do xadrez de capivaras diz que recebeu muitas ofertas e lances, antes mesmo de chegar a um valor. Até quem não sabe jogar xadrez quis aprender para adquirir a obra, ou simplesmente quis comprar, mesmo sem saber jogar.

Quanto ao processo criativo de colocar capivaras como protagonistas de um tabuleiro de xadrez, ela explica. “Eu adoro xadrez, jogava muito quando era criança e sempre tive vontade de unir essa aparição com o cenário do nosso Pantanal”, relata, sobre a ideia de fazer uma versão bem sul-mato-grossense do jogo.

Em relação às peças e regras do seu xadrez, a artesã diz que isso vai depender da pessoa que levou o jogo. “Já deram ideia que ao invés de bispo deveria ser pajé! Porém, mantive o nome na apresentação para que os jogadores pudessem se localizar através das regras tradicionais e conhecer essa releitura pantaneira”, conta Marina.

“Eu sou ilustradora de games, então pra mim é comum pensar em design de fases e personagens. As capivarinhas vieram de forma bastante orgânica e criativa”, detalha ela.

Copa de Barro e o xadrez de capivaras

O jogo é de cerâmica rústica, feito em argila e levou 14 dias para ser confeccionado. Trata-se de uma peça única, exclusiva e que não será reproduzida. “Minha capacidade de produção é de artesã então será apenas uma peça”, reitera a artista.

Sua loja virtual leva o nome de Copa de Barro e as capivaras são um personagem que costuma aparecer em boa parte das peças. A Copa de Barro traz nas obras a fauna e a flora de MS, por meio de cerâmicas e grafismos. Também há destaque para a arte rupestre do Estado e do Brasil, além de seres encantados e representações do folclore local.

“Eu faço bastante capivara, mas tento fugir de ter apenas essas fofuras na Copa de Barro. Se você olhar, meu trabalho é regado de onças, arara-azul, Canindé, vermelha, tatu-canastra, jabuti, ariranhas, entre outros seres da nossa fauna. O foco principal é representar toda a nossa fauna e arte rupestre na cerâmica”, garante.

Você também queria o xadrez de capivara?

Marina é graduada em Artes Visuais pela UFMS, fez aperfeiçoamento em Animação 3D, participou do Grupo de Estudos e Pesquisas em Populações Indígenas pela UFMS e é ilustradora na empresa Jogos Aurora, onde já ilustrou os Games Laser Defense, Dragon Rings e Ponami.

Com esse currículo, a artista plástica adquiriu conhecimento e propriedade para produzir os objetos voltados para a cultura local. Esse trabalho, no entanto, é mais recente.

“Comecei em 2020 e utilizo argila, a que uso precisa de queimas de alta temperatura. Então, cada peça passa por diversos processos, como modelagem, secagem, primeira queima de baixa temperatura, depois esmaltação e só demais a última queima para ver a peça pronta”, encerra ela.

Até então, o xadrez de capivaras é seu trabalho mais disputado e responsável por tornar sua arte conhecida Brasil afora. Antes de colocar um preço, todo mundo já queria o jogo. E mesmo com o valor estabelecido em R$ 3.900, há muita gente pedindo para Marina fazer mais tabuleiros de xadrez de capivaras, dispostos a pagarem ainda mais pela obra.

O que não faltam são pessoas encantadas, “brigando” para ter a oportunidade de levar um xadrez desse para casa. Diz aí, você também queria essa fofura?

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