Procura por programação ao ar livre leva famílias para Feira das Antiguidades

Feira acontece na Praça Ary Coelho

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Feira contou com 16 expositores neste domingo (9).
Feira contou com 16 expositores neste domingo (9).

Quem passou pela Praça Ary Coelho neste domingo (9) presenciou a retomada da Feira de Antiguidades. A procura por programações ao ar livre no meio da pandemia, fez famílias movimentarem a exposição de relíquias no centro de Campo Grande.

Com sol entre as sombras das árvores que ocupam a praça, os expositores se organizaram em mesas e nos próprios bancos do espaço público. A feira contou com 16 expositores neste domingo (9) e encantou famílias inteiras.

Entre os itens da feira, a professora Edmarcia Linare Pereira, 51 anos, se surpreendeu com a quantidade de objetos históricos expostos. Visitando a exposição pela primeira vez, a profissional levou a família para uma programação acessível durante a pandemia.

“Nessa fase de pandemia nós procuramos sempre estar saindo um pouco e como aqui é um lugar maravilhoso, trazemos as crianças para prestigiar isso daqui”, explicou. Quem aproveitou bastante foram os pequenos, que conheceram detalhes de uma realidade com tecnologia que eles não presenciaram.

“Meu filho nem conhecia um telefone antigo e hoje foi a primeira vez que ele viu. Achei muito legal”, disse alegre. Para ela, o local está cheio de “coisas que a gente não tinha como ver a não ser pela internet”.

Retomada

Ademar Garcia expõe há dois anos na feira, mas acredita que essa é a última em que participa. “Já fiz dois anos de feira aqui e da Praça Bolívia, como meu irmão tem o museu resolvi ficar em casa”, disse. Gilberto Garcia é o irmão do museu e que montou a mesa na feira quase ao lado de Ademar.

Pronto para dar adeus a feira, Ademar até colocou o próprio colete de moto clube para venda, após se desfazer da moto. “Vendi porque minha mãe morreu e fiquei sem chão”, justifica o adeus a motocicleta.

Ao contrário dele, outros expositores não se vêem fora da feira. Expositora há quase oito anos, Dora Alves prefere não revelar a idade, mas garante que seus pertences são cheios de histórias. Feliz pela retomada, ela comentou que essa é a terceira edição desde o início da pandemia.

Em ritmo calmo, a Feira de Antiguidades vai ganhando forma novamente. “Temos muitas dificuldades, muitos expositores ainda não estão vindo devido à essa nova variante”.

O que é lazer para uns, é fonte de renda para muitos que expõe no local. “Todos aqui vivem dessa feira, muitos aqui tem loja, eu tenho, mas é com muita dificuldade”, lamentou Dora.

Mas a animação e esperança no êxito da retomada da feira é maior. “Graças a Deus hoje estamos com muito movimento, mesmo com a pandemia, muitas pessoas desempregadas. Estamos tendo um bom resultado aqui em vendas”, garantiu.

Durante a pandemia, a loja na própria residência foi a saída para Dora se manter. Com as vendas em casa, os cuidados para deixar o coronavírus de fora foram redobrados.

Edição de luxo da biografia custa R$ 600. Foto: Arquivo Midiamax.

 

“Atendia dois clientes por dia com horário diferenciado e deixava os clientes à vontade na loja”. A expositora explica que desde a pandemia “é muito difícil”, pois “você não tem segurança de nada, não sabe de onde vem o vírus, quem está contaminado ou não, mesmo agora”.

Entre as relíquias deste domingo (19), Dora destaca uma biografia ‘muito linda’ da Carmen Miranda, que fez 100 anos ano passado. “Tem um vinil do Michel Teló, no grupo os Bailantas, que é uma coisa rara também”.

Sobre o movimento do dia, disse que já vendeu um disco dos Mamonas Assassinas, um do Cavaleiros do Zodíaco e um do Tiririca.

Lazer na pandemia

No entanto, ela destaca que manter as medidas de segurança é essencial. Como máscara, higienização das mãos, evitar aglomerações e principalmente tomar as vacinas.

Assim considera que “vale a pena a retomada da feira, porque nós não podemos fugir das dificuldades, temos que agir. Tem que encarar, fugir da nossa bolha”.

Não é apenas os expositores que se sentem seguros, a opção de lazer ao ar livre é escolhida por famílias preocupadas com a alta da Covid-19. Edmarcia garante que se sente segura na feira “porque estamos em local aberto e tomamos um certo cuidado, evitamos lugares com muita aglomeração”. E deixa o recado para todos: “Podem vir com total segurança”.

 

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