“Histórias que Ninguém Iria Contar – História da Vida Banal do PCB em Mato Grosso do Sul” é o novo livro de Francisco Fausto Matto Grosso Pereira, conhecido como Fausto Matto Grosso Pereira, 73 anos. Engenheiro Civil e professor aposentado da (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), ele dedica sua vida há muitos anos ao PCB (Partido Comunista Brasileiro), atual partido Cidadania. Em obra literária, ele revela os bastidores da militância política no Estado e, ainda, faz alerta à Ditadura Militar.

Membro do partido há 50 anos, Fausto afirma ao MidiaMAIS se tratar de crônicas escritas sobre o PCB. Alguns dos textos já estavam presentes em seu blog pessoal na Internet, mas, então, contou com a colaboração e relato de vários companheiros antigos.

“Meu livro consiste numa série de crônicas que eu escrevi sobre o partidão entre 1960 a 1980. É uma história das minúcias, de coisas pequenas, de coisas que quem for escrever a história do PCB não iria tratar delas, por isso eu chamo de ‘Histórias que Ninguém Iria Contar'. Isso porque não tem fontes, eu sou a fonte dessas histórias”, revela Matto Grosso.

PCB: as histórias que ninguém conhece

Das crônicas contadas no livro, Fausto dá destaque às que são politicamente importantes para o Estado e Brasil.

“Tem a relação nossas com os governantes da época. O Pedrossian, Wilson Martins, Lúdio Coelho. Conta essa relação, como que era. A maior parte das outras histórias é coisa sobre militância”, revela o autor.

Além disso, obra aborda a Ditadura Militar, com relatos sobre e tortura de antigos colegas de partido. Há também crônicas sobre a famosa livraria do Partido, antigamente considerada um centro de efervescência social, sobre o “Exército de Brancoleone” e demais assuntos que só quem fazia parte da militância do PCB conhece.

“São coisas da vida política, mas a vida dos bastidores”.

Anos de Chumbo

Além de abordar sobre os enredos que vingaram no backstage do PCB, “Histórias que Ninguém Iria Contar – História da Vida Banal do PCB em Mato Grosso do Sul” é um manifesto conta a Ditadura Militar (1964-1985), servindo de alerta aos novos leitores. Nas páginas, relatos sobre torturas e prisões de militantes retratam os anos sangrentos que vingaram no Brasil por 20 anos. Portanto, a obra serve também como um alerta sobre a opressão.

“É a nossa luta cotidiana contra a Ditadura para a gente traçar o futuro. Contando como foi a Ditadura no passado, coisas que as novas gerações desconhecem. A gente faz um alerta para o futuro sobre o que significa uma Ditadura”, conclui.


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