Mesmo com polêmica no TSE, nem protestos no Lollapalooza impulsionaram vendas de toalhas presidenciais em MS

Para comerciante, mesmo em ano eleitoral, as vendas estão paradas porque as pessoas estão sem dinheiro

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Lula (à esq.) e Bolsonaro (à dir.) dividem espaço na banca de Issao em Campo Grande (Foto: Éser Cáceres/ Arquivo Midiamax)

A polêmica envolvendo manifestações políticas no festival de música Lollapalooza – que começou depois que Pabblo Vittar performou com uma toalha do Lula (PT) em meio à multidão – causou grande polêmica e comoção social ao redor do país, além de críticas diretas de Jair Bolsonaro, o principal oponente do petista nas urnas neste ano eleitoral.

Apesar dessa grande proporção que chegou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), as vendas de toalhas com figuras presidenciais não chegaram nem perto de serem impulsionadas em Campo Grande.

Jorge Issao, que trabalha nas feiras de Campo Grande há mais de 40 anos (Foto: Éser Cáceres/Arquivo Midiamax) 

É o que contou Jorge Issao, comerciante que atua há mais de 40 anos em Campo Grande e conhecido por vender toalhas nas feiras e pontos da cidade.. Issao já apareceu no Jornal Midiamax em 2021 para falar justamente sobre a rivalidade nas vendas de toalhas com as figuras de Bolsonaro e Lula.

Em 2022, mesmo com a polêmica do Lollapalooza e chegada das eleições, as vendas de toalhas estão baixas, inclusive as temáticas de políticos. À equipe de redação, ele diz que nada mudou, na verdade, a comercialização está baixa.

“Pra mim tá normal, de vez em quando vende uma ou duas, mas não está bombando não. De vez em quando levam o do Lula, levam do Bolsonaro, mas está bem devagar. Na verdade, o pessoal tá sem dinheiro”, disse Jorge.

Mesmo alternando entre os pontos, ele afirma que o ano de 2022 está parado. “Esperando o comercio reagir”, finaliza.

Manifestações políticas no Lollapalooza

Entre os dias 25 e 27 de março, a capital São Paulo ficou lotada com os shows do Lollapalooza. Nos dias do evento, vários artistas entraram na causa iniciada por Pabblo Vittar e manifestaram seu descontentamento com o governo de Bolsonaro (PL).

O atual presidente da República pediu ao TSE que manifestações políticas dos artistas no festival fossem proibidas. “Qualquer tipo de propaganda eleitoral irregular em favor ou desfavor de qualquer candidato”, informa o pedido.  

Segundo o partido, houve crime de propaganda eleitoral antecipada durante dos shows de Pabllo Vitar e Marina, que declararam apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, segundo a Lei Eleitoral, as campanhas começam oficialmente em 15 de agosto.

Para ministros do TSE, em entrevista à CNN, não se pode proibir artistas de manifestarem sua opinião política, porque isso poderia configurar ameaça à liberdade de expressão, garantida na Constituição Federal. Além disso, segundo a jurisprudência do tribunal, a punição só poderia acontecer se ficasse comprovado que Lula tinha conhecimento e que organizou as manifestações dos artistas.


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