Cordão umbilical arrancado com os dentes? Sucuri indo pra cima de bebê e virando para proteger a filha jogada no rio? Nada disso aconteceu durante o nascimento de Juma Marruá na versão original de “Pantanal”, produzida pela TV Manchete em 1990.

A emblemática cena foi ao ar no remake nesta terça-feira (5) e fez a novela explodir em audiência. Apesar disso, comparada à primeira versão, muitos da obra estão preferindo o momento do folhetim de 30 anos atrás.

Na regravação da Globo, Maria Marruá (Juliana Paes) teve a menina em uma canoa e a abandonou em um barco. Traumatizada após perder vários filhos para a morte, ela não queria sofrimento parecido novamente. Entretanto, uma sucuri – o Velho do Rio – ia se aproximando da canoa, quando a mãe virou uma fera e se transformou em onça para impedir que a cobra comesse seu bebê.

Apesar de linda, poética e significativa, a cena aconteceu de uma maneira completamente diferente em 1990. Na Manchete, Maria Marruá, vivida por Cássia Kis, teve Juma dentro da canoa, como no remake, mas a trama original não mostra a mãe arrancando o cordão umbilical da pequena com os dentes.

Maria Marruá cortou cordão umbilical de Juma com a boca – (Fotos: TV Globo/Reprodução)

A recém-nascida também não é ameaçada por uma cobra: ao abandonar Juma no meio do rio, Maria se arrepende ao se afastar da filha, o o sentimento de mãe fala mais alto e, em desespero, ela corre para as águas ficar perto da criança que estava rejeitando – sem se transformar em onça.

Houve elogios para a adaptação da sequência feita pela TV Globo, que metaforizou o momento. Até a “ajudinha” que o Velho do Rio deu ao se transformar em cobra para alertar à mãe desesperada que ela precisava ficar com sua criança foi bem avaliada. O guardião do bioma é outro que não está presente na cena original. Compare as versões:

Nascimento de Juma em 1990

https://www.youtube.com/watch?v=pkHVsSlAB-U

Nascimento de Juma em 2022

https://twitter.com/novelapantanal/status/1511519212392656899