Pular para o conteúdo
MidiaMAIS

No dia do atletismo, conheça histórias de profissionais que se dedicam ao esporte em MS

Dia do atletismo é comemorado neste sábado
Arquivo -
Compartilhar
Pista de corrida no parque Ayrton Senna
Pista de corrida no parque Ayrton Senna

Representar a sua cidade e nação no ponto mais alto do pódio é sempre uma experiência inesquecível para atletas. O Jornal Midiamax conversou com alguns esportistas que celebraram o Dia do Atletismo, comemorado neste sábado (9). Revelando histórias de dedicação ao esporte, os atletas levam a bandeira de Campo Grande e do Estado para o mundo. 

Um deles é o medalhista paralímpico Yeltsin Jacques, que ingressou na carreia por conta de um amigo. Ele ganhou destaque internacional nas paralimpíadas de Tóquio, conquistando duas medalhas nas provas de 5 mil metros rasos da classe T11 (atletas com deficiência visual, com baixa ou nenhuma visão — condição com a qual nasceu), ao bater o tempo de 15min13s12, melhor marca das Américas e a dois segundos do recorde mundial.

O seu segundo ouro na Tóquio-2020, veio nos 1.500 metros rasos T11 e com direito a novo recorde mundial estabelecido. O fundista terminou a prova em 3min57s60 — a melhor marca do planeta era de 3min58s37, atingida pelo queniano Samwel Kimani, na Paralimpíada de Londres-2012.

“Eu treinava judô, com 16 anos conheci o atletismo para me preparar fisicamente. Me apaixonei pelo atletismo e larguei a arte marcial, em 2006”, disse ele. A sua primeira competição foi uma corrida de rua de 5 mil km, em 2007, que já trouxe o retorno do pódio. “Fui para o brasileiro escolar paraolímpico e fui campeão”, lembra.

Yeltsin Jacques segurando as duas medalhas conquistadas em Tóquio (Foto: Marcos Ermínio)

 

A partir daí, foram 14 anos de muito trabalho duro e uma sequência de vitórias, até o pódio olímpico, com 30 anos. “É uma carreira árdua e difícil, mas se você tiver educação e perseverança para superar os obstáculos e a dificuldade de ter um apoio. Se você conseguir superar tudo isso é uma carreira maravilhosa”, disse ele.

Com os empecilhos, o profissional chegou a pensar em desistir da sua longa jornada, mas manteve o foco nos momentos mais difíceis. “Às vezes, a gente pensa em desistir, é uma carreira difícil. Além dos vômitos, dor do treinamento é grande, você fala: será que meu corpo vai aguentar, vou chegar lá? No momento da competição, passa isso na sua cabeça, mas tudo isso valeu a pena. Hoje sou atleta profissional e incentivado por isso”.

O atleta está buscando apoio para comprar um simulador de altitude, com objetivo de melhorar o seu treinamento, conhecido como hypoxico. Clique aqui para ajudar financeiramente.

[Colocar ALT]
Paratleta conquistou o primeiro lugar no Desafio Boiadeira (Foto: Leonardo / Arquivo Pessoal)

 O paratleta Leonardo Moraes da Silva, de 34 anos, é outro que leva a vida no atletismo com raça e coração, desde a adolescência. “Comecei vendo amigos meus correndo, morava no interior na cidade de Anastácio, tinha 16 anos. Me interessei e comecei a correr descalço. Depois da primeira medalha não quis parar mais”, conta.

Em junho, o atleta foi até São Paulo para disputar o campeonato paulista de atletismo. Ficou em 6º entre 53 competidores na corrida de 5 mil km. Em bonito, ele disputou o Trail Run Desafio Boiadeira de corrida 2021, conquistando o primeiro lugar.

No dia 15 novembro, Leonardo disputará a maratona do Rio de Janeiro, com foco no mundial de rua em Londres, em 2022. “A gente se adapta às dificuldades. Você tem que acreditar e treinar. Quando você quer, você consegue. A dificuldade é não tentar” incentiva.

Federação

O Presidente da Fams (Federação de Atletismo em Mato Grosso do Sul), Marcelo Erick Moriyama, de 41 anos, informou que os atletas estão fazendo novas filiações e renovando as antigas, “Hoje temos 1000 atletas entre filiados e não filiados”, afirma.

Segundo ele, o Estado conta com uma pista de corrida no Parque Ayrton Senna, e deve inaugurar uma pista em Ponta Porã em 2022. Além disso, em Chapadão do Sul, as obras da nova pista devem iniciar ainda este ano. “Com a liberação dos protocolos e novas competições, a gente está conseguindo muitos resultados passivos. Os atletas estão treinando para participar de competições nacionais e internacionais”, finaliza.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Durante chuva forte em Campo Grande, asfalto cede e abre ‘cratera’ na Avenida Mato Grosso

Bebê que teve 90% do corpo queimado após chapa de bife explodir morre na Santa Casa

Com alerta em todo o Estado, chuva forte atinge Campo Grande e deixa ruas alagadas

Tatuador que ficou cego após ser atingido por soda cáustica é preso por violência doméstica

Notícias mais lidas agora

Menino de 4 anos morre após tomar remédio controlado do pai em Campo Grande

Pedágios

Pedágio em rodovias da região leste de MS fica 4,83% mais caro a partir do dia 11 de fevereiro

Vítimas temem suposta pressão para abafar denúncias contra ‘fotógrafo de ricos’ em Campo Grande

Morto por engano: Trabalhador de usina foi executado a tiros no lugar do filho em MS

Últimas Notícias

Política

‘CPI do Consórcio Guaicurus’ chega a 10 assinaturas e já pode tramitar na Câmara

Presidente da Câmara, Papy (PSDB) não assinou pedido da CPI após defender mais dinheiro público para empresas de ônibus em Campo Grande

Cotidiano

Decisão de Trump de taxar aço pode afetar exportação de US$ 123 milhões de MS

Só em 2024, Mato Grosso do Sul exportou 123 milhões de dólares em ferro fundido para os EUA

Transparência

MPMS autoriza que ação contra ex-PGJ por atuação em concurso vá ao STJ

Ação pode anular etapa de concurso por participação inconstitucional de Magno

Política

Catan nega preconceito após Kemp pedir respeito à professora trans

Fantasia de ‘Barbie’ da professora não foi considerada exagerada por outros deputados