Quem ama ler sabe que, algumas vezes, rola aquele apego ao livro que faz com que a obra fique parada nas estantes depois de concluída. Projeto em Campo Grande vai no sentido contrário para incentivar outras pessoas a lerem: doação de livros, que são distribuídos gratuitamente em diversos locais da cidade. 

Com exemplares disponíveis nos terminais de ônibus do Nova Bahia, General Osório, Bandeirantes, Aero Rancho, Júlio de Castilho, Morenão e Guaicurus, quem quer doar obras literárias, pode entregar diretamente nestes locais. Ou, ainda, procurar a Gibiteca de Campo Grande, localizada na Rua Sacramento, nº 800, Bairro São Francisco, em Campo Grande.

‘Livro parado não conta história’

A frase acima é do idealizador do projeto e vereador de Campo Grande, Ronilço Guerreiro (Podemos). Ele cita que, muitas vezes, leitores têm livros empoeirados em casa e, em alguns casos, sequer lidos. “Eu costumo dizer que não é que as pessoas não gostam de ler, é que o livro não chega na mão do leitor. Doe livro, porque livro parado não conta história”. 

Para ele, em um momento de polarização e ódio diante dos conflitos que o Brasil passa, a leitura poder dar acesso a um mundo novo. “Dá colo, aconchego, carinho, e faz você viajar em um mundo, que pode estar próximo de você”. Por isso, qualquer tipo de livro é bem-vindo: autoajuda, empreendedorismo, literatura, didáticos, técnicos, evangélicos, espíritas, cita.

Exemplos do que a leitura já provocou em quem recebeu alguma obra distribuída pela cidade, não faltam. Ronilço conta que uma professora fez concurso da prefeitura e teve de responder a duas perguntas que, por coincidência, tinha lido em manuscritos que pegou em terminais por onde passou.

Além dos terminais, todo sábado, são entregues 200 livros na Rua Barão do Rio Branco. Quem quiser, pode passar por lá e pegar – ou deixar alguma para doação – obra. Pela vanteca, também é feita distribuição de exemplares, assim como na ‘Freguesia do Livro’, que acontece nas feiras livres de Campo Grande.