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Na crise, campo-grandenses apostam em brechós e volta de eventos anima setor

Além das roupas mais simples, trajes para festas também levam público aos brechós
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Nos brechós
Nos brechós

Seja na procura de um estilo autêntico ou do preço mais acessível, os brechós têm ganhado espaço na hora do campo-grandense renovar o guarda-roupa. No auge da pandemia — assim como vários segmentos — o setor foi abalado pelo temor coletivo de um futuro econômico e sanitário incerto, mas agora ensaia uma reação, principalmente com retomada de eventos, que atraem público em busca de trajes de festa. 

Há mais de 20 anos no mercado, Maria Custódia, de 59 anos, trabalha com peças de roupas mais antigas, retrô e sociais na região da antiga rodoviária. Durante o pico do contágio da Covid-19, ela vivenciou uma queda avassaladora no rendimento da loja, e até hoje ainda trabalha para retomar os ganhos. “Movimento está pingado, tem dias que não sai nada. Melhorou pouca coisa no frio porque vieram comprar casaco”, disse ela.

O impacto das incertezas econômicas significou uma perda de rendimento e corte de custos, e a única saída para mudança no cenário é a retomada do movimento. “Eu viajava para para comprar peças, agora não compensa mais. Estou ‘pelejando’ para não fechar as portas. Espero que melhore com as obras na rodoviária”, explica Custódia.

Jaqueta de couro legítimo vendida por R$ 180 na loja Maria Brechó (Foto: Leonardo de França / Jornal Midiamax)

 

Na sua Loja, ‘Maria Brechó’, os preços podem variar entre R$ 3 e mais de R$ 180, dependendo da peça. “Tem vestido de R$ 5, três camisetas saem por R$ 15 e uma jaqueta de couro legítimo sai por R$ 180, tem roupa pra homem e mulher”, explica.  

Quem compra em brechó?

No bairro Amambai, a proprietária do ‘Garage Brechó’ e organizadora do Coletivo de Brechós em , Val Reis, de 49 anos, também sentiu os reflexos da pandemia no movimento do seu comércio. No auge das contaminações, o movimento caiu cerca de 80%, mas hoje já esboça uma reação, com um aumento de 60%.

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Interior da Garage Brechó (Foto: Arquivo pessoal / Val Reis)

“Nos meses iniciais da pandemia, as pessoas não queriam provar as peças, tinham medo. Ficou muito ruim. Melhorou um pouquinho nos últimos dois meses, tem um fluxo maior de pessoas e elas perderam o medo de provar. Também estamos trabalhando com peças higienizadas”, disse ela.

No seu estabelecimento, são oferecidas peças masculinas e femininas, mas com foco nas roupas para mulheres. O público que mais procura o local, atualmente, é composto por jovens que buscam estilo e também por aqueles entre 35 e 50 anos que querem economizar.

“Existem dois tipos de pessoas que procuram o brechó: o que procura preço e o que procura estilo. Para quem procura estilo, a roupa do brechó é diferenciada, você não encontra em qualquer lugar, são peças praticamente exclusivas e o preço não importa tanto. Quem procura preço é mais por conta da crise, e esse público tem aumentado devido ao preço dos shoppings e lojas de calçados”, explica Val. 

O retorno do funcionamento sem restrições de horário para as casas noturnas não surtiu um efeito direto nas vendas do local, mas a volta dos eventos e casamentos tem aumento as vendas de peças específicas. “Hoje uma menina queria roupa de festa, nos meses iniciais da pandemia eu vendi zero roupas de festa. Agora já voltaram a comprar ternos e vestidos para festas, eventos, casamentos e aniversários”. 

No Garage Brechó, a peça mais em conta sai por R$ 5 e a média geral é de R$ 35.

Vendas aumentaram na pandemia

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No brechó da Nivia, colete é vendido por R$ 5,00 (Foto: Leonardo de França / Jornal Midiamax)

Fugindo do declive econômico causado pelo coronavírus, o ‘Brechó da Nivia’ passou por um processo de reinvenção e consegue manter as contas no azul, com o investimento maciço nas redes sociais. “Achamos que ia dar uma queda, mas nos surpreendeu bastante. Conseguimos manter e em alguns momentos vender mais. Já trabalhávamos com o Instagram, o grupo do WhatsApp e Facebook, mas intensificamos bastante durante a pandemia e também aprendemos a trabalhar com as redes, antes não dávamos tanta atenção”, disse o sócio proprietário Felipe Henrique, de 24 anos.

Com 13 anos de mercado, a empresa atende ambos os sexos, do mais humilde ao cliente que procura por roupas de marca e que normalmente tem entre 20 e 35 anos. A empresa é especializada no público feminino. “Durante a pandemia, nós vendemos mais roupas de ficar em casa, temos blusinhas a partir de R$ 5 e um colete de couro que era vendido na loja por R$ 780 e aqui está saindo por R$ 150. As pessoas estão procurando roupas baratas”, ressaltou Felipe.

 

 

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