Cultivar plantas alivia tensão e traz felicidade para campo-grandenses durante isolamento social

Cuidar de plantas pode ser um passatempo prazeroso e uma atividade terapêutica

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Desde que a pandemia do Covid-19 chegou a Campo Grande e as medidas de isolamento social foram decretadas, em março de 2020, as pessoas ficaram mais dentro de casa. Com isso, novos hobbies foram adotados para livrar a mente do estresse ocasionado pelas mudanças, além de ser uma forma de aproveitar o tempo livre da agenda. Assim, o cultivo de plantas é uma das maiores paixões da pandemia. Além de um ótimo passatempo, trata-se também de uma atividade terapêutica.

Como o contato com a natureza acaba ficando mais restrito nesse período, ter plantas em casa pode ser um alívio facilmente incorporado à rotina, uma vez que elas exigem cuidados simples que podem ser feitos por qualquer pessoa.

É o caso da publicitária Ana Beatriz Vicentini, 23 anos, que sempre gostou de plantas e investiu em uma pequena hortinha no lado de fora do seu apartamento, em Campo Grande, com o tempo livre da pandemia. Desde então, ela e a mãe estão cultivando diferentes temperos: cebolinha, manjericão, coentro, hortelã, alecrim, salsa, pimenta e outros.

De acordo com a jovem, aprender a nova habilidade exigiu esforços no início para entender quanto cada planta necessitava de água, luz solar e outras especificidades. Com o tempo e os erros, ela aprendeu na prática como cuidar de cada uma.

“Nem todas deram certo e vingaram, mas acho que isso faz parte do processo. As plantas deixam o ambiente muito mais acolhedor. Elas trouxeram mais aconchego para casa e adoro acordar de manhã e ver minhas flores e plantinhas crescendo”, comenta Ana Beatriz.

Outro ponto importante é na cozinha. Com os temperos frescos, a publicitária afirma que a comida fica muito mais saborosa e cheirosa, além de ser mais prático pegar os temperos na própria horta do que comprá-los.

Salsa cultivada por Ana Beatriz (Foto: Arquivo Pessoal)

 

O estudante Gabriel Augusto Cardoso de Pádua Mello, 21 anos, também decidiu apostar nas plantas para aliviar a mente de tudo que estava acontecendo no mundo. Inspirado pela sua mãe, que sempre mexeu com plantas, ele deu abertura para descobrir uma nova paixão.

“Procurando algo para deixar a cabeça mais tranquila, vi alguns vídeos sobre o quanto cuidar de plantas era algo saudável mentalmente, então comecei dei luz à prática. No entardecer, ao chegar em casa depois de um dia exaustivo, é o momento o qual tenho preferência por exercitar essa minha habilidade”, explicou Gabriel.

Como a rotina do estudante é atarefada, ele decidiu iniciar com plantas que não precisam de tantos cuidados, como suculentas e cactos. O jovem aproveitou para comprar um vaso largo, algumas variações de cada espécie e plantou todas elas juntas.

“Esse hobby se tornou um momento de relaxamento, de distanciamento das mídias sociais, como uma forma de deixar a mente muito mais tranquila”, diz o estudante.

Alice Carolina Estival Navarro também é estudante e optou por plantas mais resistentes. Moradora de apartamento, ela disse que as plantas são as suas companhias já que não pode ter animais de estimação. A jovem contou que a pandemia inspirou ela a querer mudar o quarto, por isso optou pelo cultivo.

Agora, ela tem no seu espaço uma Espada-de-São-Jorge, uma Hera, um mini bamboo e um cacto

“Me deixou mais leve. Parece que suga as energias ruins do meu quarto. Além de ter mudado o design que ficou lindo e parece que deu mais ânimo quando fico estudando”, comenta Alice.

Quarto de Alice é decorado com plantas que ela cuida (Foto: Arquivo Pessoal)

 

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