Após demissão na pandemia, Maria descobre novo talento pelo crochê em Campo Grande
A aposentada foi demitida do emprego e hoje garante renda extra com o artesanato
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A pandemia do Covid-19 não tem sido fácil para ninguém, especialmente para as pessoas que perderam o emprego. É o caso de Maria de Jesus Nantes, 67 anos, que trabalhou por 11 anos como costureira em uma empresa de Campo Grande até ser desligada por fazer parte do grupo de risco. Preocupada com o futuro, a aposentada aproveitou o isolamento social para descobrir a habilidade de artesã e explorar o talento com o crochê. Além de uma forma de terapia, o trabalho manual também garante renda extra no fim do mês.
Maria contou ao Midiamax que ficou muito triste ao ser demitida, afinal, ninguém esperava pela pandemia. Além disso, se preocupou com dinheiro. Mas foi a boneca de sua neta, feita de crochê com técnica do amigurumi, que despertou sua vontade de aprender uma nova atividade. Mesmo com pouco conhecimento, Maria não desistiu. Apesar do início ter sido difícil, era bom estar fazendo alguma coisa. Assim, a costureira se aperfeiçoou.
“Quando vi a boneca, pensei que conseguiria fazer, mas não foi tão simples. Comecei a assistir vídeos na internet que ensinavam e em um mês, consegui fazer a primeira boneca. Ficou razoável, mas eu sabia que precisava melhorar, principalmente se fosse para vender”, comentou.
O amor se transformou em negócio. Se antes Maria estava preocupada com a renda, seu trabalho agora é voltado para o crochê. Bonecas, enfeites para decoração, e chaveiros, as opções são infinitas. “Há seis meses, mais ou menos, comecei a vender. Já até enviei para outras cidades fora de Campo Grande e também outros estados”, disse Maria.
Diferente dos trabalhos tradicionais de crochê, o amigurumi exige mais que os rolos de linha para a produção. São necessários outros materiais, como enchimento para o corpo da boneca, laços, os olhos, dentre outros acessórios. Além de uma realização pessoa, a costureira fica feliz em afirmar que o trabalho ajuda nas despesas da casa.
“Pra mim o amigurumi é como se tivesse me reinventado depois de achar que estava acabada. Minha família me incentivou muito e ainda incentiva. Sou muito grata”, finaliza Maria.
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