Renata é exemplo de mulher que partiu do luto à luta para conviver com ausência

O esteriótipo de “sexo frágil” há muito já não cabe mais às mulheres. Corajosas, passam pelo parto e provam uma das dores mais intensas já passada pelo ser humano. No próximo domingo (8), é comemorado o Dia Internacional da Mulher, oportunidade para evidenciar a força daquelas que, mesmo passando por uma tragédia familiar, não deixam […]

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O esteriótipo de “sexo frágil” há muito já não cabe mais às mulheres. Corajosas, passam pelo parto e provam uma das dores mais intensas já passada pelo ser humano. No próximo domingo (8), é comemorado o Dia Internacional da Mulher, oportunidade para evidenciar a força daquelas que, mesmo passando por uma tragédia familiar, não deixam de transmitir amor ao próximo.

Do luto à luta diária para aprender a conviver com a ausência, Renata Barrios, de 43 anos, passou pela experiência que ninguém está preparado: a de perder o filho mais velho para o câncer há 6 anos. A mulher precisou ressignificar a dor para continuar já que a profissão da mãe enlutada exigia que ela, além de lidar com dores alheias diárias, distribuísse sorrisos aos pacientes.

Apaixonada pelo trabalho, ela conta que o maior desafio como mulher foi na maternidade diante da situação de extremo sofrimento que passou. Assistente social da Unimed Campo Grande, o dia a dia laboral obriga que Renata lide com circunstâncias adversas como a recuperação de um paciente pós cirurgia, desentendimentos familiares e acabe esbarrando em outras mulheres que também se despediram precocemente dos filhos.

Renata é exemplo de mulher que partiu do luto à luta para conviver com ausência

“Amo minha profissão, trabalho com muito amor dentro do hospital. Cada uma de nós tem uma vocação, eu sou muito realizada naquilo que eu faço.”

A garra da assistente social vem da base familiar. É o companheiro e a outra filha que não deixam que Renata desista, nem apague o brilho da história de amor que traçaram.

“Foi através da espiritualidade que eu consegui olhar para os lados e ver que ainda existia muita vida. Eu olho para o lado e vejo que eu tenho uma filha, minha família, meu esposo que esteve do meu lado sempre.” Mesmo com a saudade, o amor e a união da família só aumentaram por passarem pela doença sempre juntos.

Diante de milhares de violências, humilhações e infelicidades que as mulheres passam diariamente, a história de Renata chega como um legado de crença em si e valorização dos pequenos detalhes. “Que as mulheres nunca desistam de sonhar, de viver os seus sonhos. Diante de todos os desafios a gente pode seguir e eles nos fazem crescer. Mulheres, não tenham medo dos desafios, lá na frente você vai dizer, minha história é linda.”

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