Música pra aliviar: Franke leva sensibilidade e poesia às suas canções, deguste!
Quando o assunto é música sul-mato-grossense, não há como negar o quão rico é nosso celeiro de talentos, quantos artistas levam a árdua missão de fazer arte no país e mesmo assim, insistem e nos proporcionam muito orgulho de vê-los voar, levando nossas canções para o país inteiro. Outra cena muito rica, que merece nossa […]
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Quando o assunto é música sul-mato-grossense, não há como negar o quão rico é nosso celeiro de talentos, quantos artistas levam a árdua missão de fazer arte no país e mesmo assim, insistem e nos proporcionam muito orgulho de vê-los voar, levando nossas canções para o país inteiro. Outra cena muito rica, que merece nossa atenção, é a nova safra de músicos, compositores e cantores que tem enriquecido muito nosso “portfólio” musical, trazendo pluralidade, ritmos e sons diferentes ao nosso repertório.
Um dos talentos que apontam para um futuro promissor, é o músico campo-grandense Franke, 24. Dando os primeiros passos no mundo profissional, o artista já lançou um EP com 4 músicas autorais, “Começo”, que imprimem bem sua personalidade musical, misturando indie, folk, com inspirações regionais.
“Comecei minha relação com a música aos oito anos de idade, quando pedi para meu tio me ensinar alguns ritmos na bateria. Mas tudo foi rolar de verdade quatro anos depois, aos 12 anos. Meu tio vendeu a bateria e passei esse tempo sem praticar, basicamente desaprendi tudo. Através do pai de um amigo, pedi para que ele me ensinasse a tocar violão e começamos”, conta Franke.
O processo de aprendizado, os ensaios, segundo o músico, encheu bastante o saco da avó em casa, dos vizinhos… O violão passou a ser um parceiro inseparável. A partir do momento em que colocou na cabeça que seria artista, ter seu trabalho autoral, a música deixar de ser um hobby e passar a ser algo profissional, o músico começou a navegar pela nossa cultura musical.”Minhas primeiras inspirações foram Geraldo Roca, Paulo Simões, Almir Sater, artistas que marcaram toda uma geração e que mostraram a música do Mato Grosso do Sul para todo Brasil”, destaca.
Entrevista
_Além dos “monstros” da nossa música, da nova geração de músicos, em quais você se inspira?
Tem uma artista da atualidade, que amo de paixão de ouvir as músicas dela é a Ju Souc. Na cena de Campo Grande, quem me inspira e me influencia é ela. E também tem a vivência musical, ela acaba trazendo amizades nas quais você também se inspira, que é o caso do Guilé, Raphael Vital, DoValle, Beca Rodrigues e Karla Coronel, que me inspiram a ser um artista melhor.
_Sobre sua relação com a música, como ela se dá?
Minha relação com a música, ainda tá rolando… Está se desenvolvendo. Quando você se propõe a realizar qualquer forma de arte, você acaba que torna essa relação diária, mais ou menos com o que ocorre com um casamento, você precisa todos os dias alimentar essa relação, fazer coisas boas, tirar o que é ruim, dar soluções pros problemas… isso é algo constante.
_Me conta sobre suas músicas autorais!
Atualmente tenho quatro músicas lançadas, uma tem vídeo no YouTube, essas músicas intitulam meu primeiro EP, “Começo”. Essas são as primeiras composições que fiz e achei que pudesse gravar um dia. Tem canções que antes de gravar já tinha dois anos e outras escrevi um ano antes de conceber este trabalho.
Esses trabalhos tem uma forte influência Folk, bastante influência Indie. Quem trabalhou comigo foi o Julio Queiroz, quem produziu as músicas, fez a captação, o trabalho de mixagem, de masterização.
_”Quem É” foi a música escolhida para seu primeiro videoclipe, algum motivo especial?
É uma música muito especial pra mim, que ela dá a cara pro EP, põe identidade. Quem dirigiu este clipe foi o Gabriel Ribeiro, ele ajudou na produção, roteiro… Contribuí com as ideias que queria retratar, no tratamento das imagens…. A gente conseguiu materializar no vídeo tudo aquilo que tava na minha cabeça, na fotografia, nos planos-sequência, nos cortes. Conseguimos fazer um trabalho excepcional.
_Como tem lidado com a quarentena artisticamente?
A quarentena está sendo uma relação de amor e ódio, pois quem trabalha com arte precisa do público para sobreviver. Nós em Campo Grande, contamos com o couvert artístico para sobreviver. Também, costumo dizer que para tudo na vida tem um porquê. Nessa quarentena estou conseguindo lidar bem, pois tenho estudado e feito muita música. Digo que todos os dias eu vivo uma música nova. Todo dia tenho meu processo de composição, um tempo ideal pra eu poder conceber na minha mente e materializar em música.
_Então bons frutos já estão vindo por aí, pós quarentena?
Já tenho 3 músicas novas, já mostrei em algumas lives e quero gravá-las em breve.Também tem várias outras que estou terminando, lapidando, isso que é importante. Musicalmente, esse momento tem sido muito produtivo.
Eu tenho feito algumas lives, tem surgido alguns projetos aqui no estado e projetos de outras regiões no país em que eles se propuseram a ajudar financeiramente os artistas, isso é legal, está abrindo outros caminhos.
_Uma reflexão sobre o presente e o futuro?
Artisticamente falando, espero que possam olhar pra nós artistas como profissionais também, profissionais da arte e que elas possam nos ajudar, seja financeiramente ou divulgando nosso trabalho para os amigos, compartilhando nossas músicas nas redes sociais, para chegarmos a mais pessoas. Nossa cidade tem muitos artistas ótimos, valorizar isso é importante(.)
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