Junho também é o Mês Mundial de Conscientização da Infertilidade

Além de abrigar o Dia dos Namorados, junho também é o Mês Mundial de Conscientização da Infertilidade. Somente no Brasil, são 8 milhões de casos, ou seja, aproximadamente 1 em cada 5 casais tem problema para engravidar. Dados do IBGE apontam que as mulheres estão deixando a gravidez para cada vez mais tarde por terem […]

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Além de abrigar o Dia dos Namorados, junho também é o Mês Mundial de Conscientização da Infertilidade. Somente no Brasil, são 8 milhões de casos, ou seja, aproximadamente 1 em cada 5 casais tem problema para engravidar.

Dados do IBGE apontam que as mulheres estão deixando a gravidez para cada vez mais tarde por terem outras prioridades, como investimento na profissão e a dificuldade de encontrar o parceiro ideal.

Com o passar dos anos, a diminuição progressiva da fertilidade acaba sendo natural. “A fase mais fértil da mulher acontece na faixa dos 25 aos 30 anos. Após esse período, é normal a diminuição da produção e da qualidade dos óvulos”, afirma Fernando Prado, ginecologista e obstetra especialista em reprodução humana, responsável médico da Clínica Neo Vita.

Para um casal ser considerado infértil é preciso estar tentando engravidar, sem o uso de nenhum método contraceptivo, pelo período de 12 meses. Se a gestação não acontecer naturalmente, é hora de procurar ajuda de um especialista.

Alguns fatores podem colaborar para o desenvolvimento da infertilidade como doenças sexualmente transmissíveis, menopausa precoce, além de efeitos colaterais de tratamentos oncológicos.

“A doença tubária, por exemplo, decorrente de DSTs é responsável por praticamente 25% dos casos de infertilidade conjugal”, complementa o especialista.

A endometriose também representa 10% dos casos da infertilidade feminina.

“A doença é diagnosticada pelo crescimento anormal do revestimento interno do útero. Geralmente começa com lesões superficiais, facilmente tratáveis, mas pode evoluir para quadros graves que atingem os ovários e intestino”, explica.

De acordo com o último estudo da Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia, cerca de 60% das mulheres afetadas pela endometriose conseguirão engravidar. Mesmo com todo esse cenário, nem sempre a dificuldade de engravidar ocorre por causa da mulher.

“Em números pode-se dizer que 40% dos casos de infertilidade é responsabilidade da mulher e 40% do homem. Os outros 20% não possuem causas definidas”, enfatiza Prado.

Nos homens a causa mais comum de infertilidade está relacionada a baixa contagem e qualidade de espermatozóide. Há históricos também em que a varicocele, doença que interfere na drenagem do sangue dos testículos, interfere na fertilidade masculina.

Muitos casos de infertilidade estão sendo solucionados com o avanço dos tratamentos de reprodução assistida como a fertilização in vitro. “Mesmo assim a idade da mulher continua sendo fundamental para o bom prognóstico e sucesso na gestação”, finaliza.

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