Filhos levavam cadeira para ver pai internado com coronavírus acenar da janela de hospital
O coronavírus é uma doença que faz a saudade ficar presente por conta do isolamento total que ela necessita. Os paciente diagnosticados com Covid-19 não podem receber visitas e, com isso, familiares e amigos buscam formas de encurtar a distância imposta pelo tratamento. Quando Kleber Luiz dos Santos Silva foi internado no Hospital Unimed Campo […]
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O coronavírus é uma doença que faz a saudade ficar presente por conta do isolamento total que ela necessita. Os paciente diagnosticados com Covid-19 não podem receber visitas e, com isso, familiares e amigos buscam formas de encurtar a distância imposta pelo tratamento.
Quando Kleber Luiz dos Santos Silva foi internado no Hospital Unimed Campo Grande com coronavírus, seus filhos, Daniel e Gabriel, de oito anos, passaram a visitar o pai todos os dias. Sem poder entrar na unidade hospitalar, a dupla usou a criatividade para encontrar uma solução que pudesse manter a rotina na família.
A saída inventada pelos pequenos foi levar suas cadeiras de praia e sentarem ao lado de fora do local para observar o pai que aparecia na janela do quarto.
“Lá de cima eu acenava para eles. Eles não mediram esforços durante os nove dias de internação para ir bem cedo, ou até mesmo à noite, em frente ao hospital com suas cadeirinhas para me ver acenar da janela para eles”, relata.
Kleber ainda explica que a família foi o combustível que ele tinha na luta contra a doença.
“Meus filhos são o meu maior presente de Deus. E minha esposa é uma grande companheira e guerreira. São pessoas que foram meu maior estímulo para poder encarar essa grande batalha e voltar a ter minha saúde de volta”, completou.
Apesar da injeção de ânimo diária que a família dava à Kleber, os dias entre a confirmação do positivo para coronavírus até o dia da internação não foram fáceis. Ele, que trabalha na recepção do Pronto Atendimento Pediátrico do Hospital Unimed CG e sempre estava disposto a recepcionar pacientes, desta vez foi recepcionado.
“O dia da internação foi muito difícil para mim, pois não estava entrando para trabalhar como de costume e sim para ser cuidado. O medo e a insegurança bateram na minha porta pois não sabia como seriam os próximos dias. A cada dia que passava um sintoma novo aparecia, mas fui muito bem atendido, todos que cuidaram de mim foram sempre muito atenciosos. Eles me ajudaram a vencer esta batalha e a recuperar minha saúde”, relata o colaborador.
O paciente confessa que antes da doença não era tão atento com a saúde, mas, assim que recebeu alta do hospital tratou de incluir mudanças de hábitos em sua rotina.
“Os meus cuidados com a saúde antes nem sempre foram seguidas à risca devido a minha rotina de trabalho, de ter dois empregos. Nas minhas folgas às vezes ia caminhar com minha família, só ia ao médico quando necessário, era raro isso acontecer. Hoje estou caminhando da minha casa para o trabalho, minha alimentação está mais regrada e tenho procurado um acompanhamento médico para ficar em dia com minha saúde”, finaliza o colaborador da cooperativa médica.
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