O continua enraizado, mesmo no século 21 e diante da economia 4.0. Prova disso são as dificuldades que as mulheres encontram no ambiente corporativo, tornando o mundo dos negócios um chão arriscado e cheio de adversidades.

Dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho) apontam que as mulheres estão no topo da taxa do desemprego. Além de cargas horárias exageradas, outro problema enfrentado pelo sexo feminino é a falta de registro na carteira, onde somente 48% delas possuem trabalhos formais.

Outras pesquisas também revelam os números desanimadores. De acordo com o Instituto Ethos, a quantidade de mulheres ocupando a presidência de alguma companhia é de 7%. Já segundo a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), 11% das empresas com capital aberto possuem figuras femininas em cargos do conselho de administração.

Danielle Cohen, Engenheira de Produção, desenvolvedora e Head de tecnologia é a prova viva que é preciso não desanimar para buscar um lugar ao sol. A profissional conta que ainda é difícil algumas pessoas enxergarem mulheres na liderança e já foi confundida com profissional do setor comercial e até recursos humanos. Tudo, menos da parte técnica.

“Por exemplo, num hackathon que participei, sendo uma das 50 escolhidas, ouvi comentários do tipo: ‘mas, você? Sério mesmo?'. Não só fui escolhida, como também fui a ganhadora da competição”, relembra.

A engenheira também conta que já foi ignorada durante reuniões de negócios. “Começo a ganhar mais notoriedade quando falo sobre programação, discuto uma parte mais técnica”.

Para nadar contra a maré, Danielle se olha de igual para igual com os homens. Ela não costuma se rebaixar e, em caso de reuniões, tenta falar bastante da parte técnica e demonstrar conhecimento.  “Assim vou ganhando autoridade”.