Não existem palavras para explicar a sensação de impotência quando nos deparamos com uma tragédia como a vivida hoje no . Sangrando fauna e flora, o fogo tem consumido vorazmente nossa maior riqueza, lugar abençoado por Deus e esquecido pelas autoridades.  Soando leve, como uma reza pela vinda das chuvas, a música “Águas Para o Pantanal” foi lançada pela cantora Marina Peralta, em parceria com a também pantaneira Alzira E. 

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Marina ressalta que o desmatamento, a monocultura e o aquecimento global, por exemplo, são fatores que seguem agravando as condições climáticas, a qualidade do ar, a saúde dos rios. A sul-mato-grossense, moradora de desde 2019, uma ação rápida das autoridades para salvar a maior planície alagada do mundo.  

“Além da dor dessa catástrofe, da destruição desse bioma, o que mais me chama a atenção é que poderia ter sido evitado ou tido definitivamente menos danos. A falta de responsabilidade e de empenho do atual governo em fiscalizar crimes ambientais nessas áreas e o desenvolvimento a qualquer custo coloca o Pantanal em ameaça total”, enfatiza Marina.  

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“Águas Para o Pantanal”  

A canção conta ainda com a participação nos vocais de Jerry Espíndola. A banda é formada por Gabriel de Andrade (violão), Rodrigo Teixeira (baixo) e Sandro Moreno (percussão). O time de “sul-mato-grossenses” continua com Anderson Rocha (mixagem) e o artista visual Rafael Mareco (arte da capa e lyric video). Mesmo com Marina morando em São Paulo, a produção de “Águas Para o Pantanal” foi feita em em apenas dois dias.  

“Falei com meu parceiro de sempre Jerry pra ver o que ele achava também e ele falou ‘vambora’. Mandei pro Gabriel de Andrade e no dia seguinte ele me mandou o arranjo pronto. E por aí foi. Rodrigo Teixeira no baixo, Sandro Moreno na bateria, Jerry fez vozes, Anderson Rocha mixou pra nós. Pra fechar ainda Rafael Mareco topou fazer uma arte de capa e um lyric video. Dois dias. Muito especial e significativo pra mim, poder contar com meus parceiros de Campo Grande”, comemora Marina.  

Águas Para o Pantanal traz o cheiro musical da fronteira de . O ritmo chama a atenção por ser uma mistura de reggae com guarânia, estilo muito presente na música sul-mato-grossense. Novidade no repertório, a artista garante que todo o processo foi instintivo e que “Águas Para o Pantanal” fluiu naturalmente, como um rio.