Concurso, correria, confinamento e até calote. Estes são alguns dos bastidores da história por trás contada e recontada do hino oficial de , que foi cantado pela primeira vez em 1º de janeiro de 1979, durante a cerimônia que pôs em prática o que já estava no papel.

Naquele dia, o coral da cantou, no Teatro Glauce Rocha, a primeira e recém-criada versão do hino de MS, que abrilhantou a solenidade de posse do governador Harry Amorim Costa e dos deputados constituintes.

MS 42 Anos: Documentário que traz bastidores do Hino de MS tem exibição gratuita no MIS nesta terça
Curta é fruto de Curso de Documentário promovido pelo Mis e pela TVE em 2017 | Foto: Reprodução

A composição tem letra assinada pelo advogado Jorge Antônio Siufi e o agrônomo Otávio Gonçalves Gomes, com melodia composta pelo maestro gaúcho Radamés Gnatalli. E deveria ter sido resultado de um concurso realizado para determinar os símbolos pátrios de MS. O concurso até aconteceu, mas não premiou o hino de MS.

Essa história é relatada no documentário Hino – Glória e Tradição de uma Gente Audaz, fruto do curso de documentário “MS 40 anos em Histórias Cinematográficas”, promovido em 2017 pelo MIS (Museu da Imagem e do Som) e pela TVE.

Dirigido por Guilherme Cavalcante, Lizandra Moraes e Marcia Furtado, e também com produção de Silvana Rocha, Fabiana Rocha e argumento original de Debora Rossi Otto, o documentário é fruto de uma longa pesquisa nos acervos e arquivos da TVE e da Fundação de Cultura de MS, além dos depoimentos de personalidades da época, pesquisadores e de pessoas comuns.

MS 42 Anos: Documentário que traz bastidores do Hino de MS tem exibição gratuita no MIS nesta terça
Produção recorreu a muitos materiais de arquivo disponibilizados pela TVE | Foto: Reprodução

O resultado, que propõe uma visão bem humorada e um tanto quanto crítica daquilo que deveria ser o maior símbolo sul-mato-grossense,

 será exibido nesta terça-feira (8), a partir das 19h, no MIS, que realiza a “Mostra Especial em comemoração aos 42 anos de MS”. Além do documentário sobre o hino, outros quatro, também fruto do mesmo curso de documentário, serão apresentados ao público, todos gratuitamente.

Mais curtas

“Paralelas de aço” narra a magia das viagens no trem, as estações, o poder de construir histórias e memórias, a relação comercial e emocional dos passageiros, pessoas simples que tinham em cada vagão parte de suas vidas e a importância da linha férrea na construção de muitas cidades. A direção, pesquisa e roteiro são de Rachid Waqued.

No vídeo “Reexistência – Eu posso ser você sem deixar de ser quem sou!”, pela primeira vez, representantes de várias etnias indígenas do Estado do Mato Grosso do Sul fazem um balanço sobre os 40 anos da divisão do Estado. O índio da aldeia é o mesmo indo da cidade? A direção é de Amanda Dim e Nadja Mitidiero.

“Mulheres em obras” apresenta a Criação de Mato Grosso do Sul a partir da perspectiva de artistas visuais que vêm transformando e construindo este cenário no Estado. Com imagens de arquivo e entrevistas o documentário mostra a importância das obras como registro de um tempo e o processo criativo, às vezes conflitivo, das mulheres no universo artístico.

“Por que Dividir?” tem como tema a divisão do Mato Grosso feita pelos militares sem a participação popular, como se deu este processo e como ele se inicia ainda nos anos 1930. O enredo entra a fundo na rivalidade de e a partir da Copa do Mundo. A direção é de João Fernando Pelho Ferreira.

Serviço – Mostra Especial em comemoração aos 42 anos de MS. Nesta terça-feira (8), às 19h, no MIS, que fica no 3º andar do Memorial da Cultura e Cidadania (Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559). A exibição é gratuita. Outras informações pelo telefone: (67) 3316-9178.