Na próxima quarta-feira (11), acontece a abertura da 2ª Temporada de Exposições 2019 do Marco (Museu de Arte Contemporânea). O evento terá início às 19h30, com entrada franca e os artistas irão abordar na exposição temas como o corpo feminino, atuação do ser humano sobre a natureza, arqueologia dos espaços e das cores e dilatação corporal no espaço.

Os artistas que vão expor as obras foram selecionados por edital, são eles: Lidia Coimbra (MS), com a Mostra “Antropia”; Mariana Arndt (MS), com “Corpo-Resistência; Neusa Silva (DF), com “Mundo Arqueológivo” e Pedro Gottarddi (SC), com a Mostra “Dilaporal”.

A exposição “Antropia”, da artista sul-mato-grossense Lidia Coimbra, aborda por meio de pinturas, o impacto da atuação do ser humano sobre a natureza. A leveza de cores, de formas, explícitas ou insinuantes, traços curvos, curtos, longos, retilíneos, estimulam os sentidos e desafiam o imaginário.

A sensibilidade da arte de Lidia Coimbra leva o apreciador a se encantar, outra vez, como o mundo vivo e a estabelecer uma nova conexão com o planeta, com a vida. No momento onde tudo se volta contra o natural, a vida insiste, a vida resiste.

Quanto à exposição “Corpo-Resistência”, da artista Mariana Arndt, aborda os conflitos sobre o corpo feminino gerados pelo mundo contemporâneo. A arte de Mariana opta pelo corpo-resistência e assume posicionamento crítico.

A artista encontra na arte performática a expressão inicial, alia-se a outros artistas que fotografa, faz conversar sua arte com a deles. A fotografia, além de se oferecer como registro e revelar outro domínio da artista nas linguagens da arte, medeia esse processo com uma grande potência! Une-se à performance para emprestar dramaticidade e concretude à expressão do corpo que se impõe, que fala, convida o olho, os sentimentos, as ideias.

“Mundo Arqueológico”, de Neusa Silva, é expressão da imagética de seu universo interior. Neusa é sempre persistente em suas pesquisas, o que resultou positivamente, para que conseguisse uma linha de trabalho condizente com sua capacidade criadora. É uma artista sensível e com habilidade técnica, tem determinação, qualidade fundamental para qualquer realização profissional.

A pintura de Neusa não sobrecarrega a mente do expectador de insinuações evasivas. Mostra um desenvolvimento coerente, enriquecido pelas cores e os movimentos da arte contemporânea. Desvenda espaços e trabalha as cores com propriedade como uma “arqueóloga” buscando elementos, redescobrindo formas e espaços.

Ao contemplar a série “Dilaporal”, de Pedro Gottardi, os olhos do espectador, pode, como primeiro canal de comunicação capturar visualmente uma possível dilatação do corpo no espaço em relação aos detalhes apresentados por meio de poses, signos e índices. O olho identifica e transfere para a carne o sentido que a consciência não consegue descrever, podendo causar o desconforto ou euforia. Há um refinamento do corpo em justaposição no reconhecimento de suas emoções, registradas e anexadas na carne daquele que come seus sentidos e o tenta mascará-lo.

O Marco fica na Rua Antônio Maria Coelho, nº 6000, no Parque das Nações Indígenas. As visitações podem ser feitas de terça a sexta, das 7h30 às 17h30. Sábados, domingos e feriados das 14h às 18h. Mais informações pelo telefone (67) 3326-7449.