Levantamento inédito vai resgatar história de prédios antigos da 14 de Julho

Fugindo do óbvio da arquitetura, uma pesquisa iniciada em fevereiro de 2019 pela Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo) através do arquiteto Fernando Batiston, que faz parte da Divisão de Patrimônio Cultural, quer restaurar e preservar a memória de 44 pontos históricos na rua 14 de Julho. Como explicado pela secretária municipal de Turismo […]

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Galeria São José (Leonardo de França | Midiamax)
Galeria São José (Leonardo de França | Midiamax)

Fugindo do óbvio da arquitetura, uma pesquisa iniciada em fevereiro de 2019 pela Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo) através do arquiteto Fernando Batiston, que faz parte da Divisão de Patrimônio Cultural, quer restaurar e preservar a memória de 44 pontos históricos na rua 14 de Julho.

Levantamento inédito vai resgatar história de prédios antigos da 14 de Julho
Melissa Tamaciro, secretária municipal de Cultura e Turismo. (Leonardo de França | Midiamax)

Como explicado pela secretária municipal de Turismo e Cultura, Melissa Tamaciro, o foco da pesquisa é mostrar as coisas não óbvias do que envolve a história de cada um dos pontos históricos. “Quais os acontecimentos que podem despertar na população essa curiosidade de saber o que aconteceu na 14, em Campo Grande.”.

A pesquisa começou em fevereiro e em setembro houve um envolvimento mais intenção do ARCA (Arquivo Histórico de Campo Grande), tendo como referência os 44 pontos que estão na 14 de Julho, no trecho entre as avenidas Mato Grosso e a Fernando Correa da Costa, sendo 42 prédios, a Praça Ari Coelho e o antigo relógio da 14.

“A intenção é referenciar não só a história aqui, mas também os acontecimentos do mundo no ano de construção daquele prédio, as propagandas, enfim várias curiosidades que permeiam esses pontos históricos”, destacou Melissa.

Resgate da Memória

Resgatar a memória de Campo Grande é o ponto chave da pesquisa para o arquiteto Fernando Batiston. “Eu escolhi essas palavras porque realmente a memória de Campo Grande está se perdendo. Em cartório você consegue os registros de até cem anos, mais que isso não conseguimos. Então hoje, em 2019 eu só consigo chegar nos registros de cartório até 1919, abaixo disso não dá mais”, disse.

Levantamento inédito vai resgatar história de prédios antigos da 14 de Julho
Fernando Batiston, arquiteto responsável pela pesquisa. (Leonardo de França | Midiamax)

“Hoje quando conversamos com um morador antigo, ele vai ter a memória da 14 até a década de 60, antes disso já não há mais lembrança. A nossa memória testemunhal hoje está nessa década. O ARCA é uma preciosidade”, destacou.

Aos poucos o arquiteto está descobrindo quem construiu determinado prédio, data da construção, proprietários, quais eram os comércios que estavam ao lado. “Nós estamos fazendo um apanhado de documentos, propagandas, tudo que temos, e desenvolvendo uma linha do tempo e restaurando a memória dos anos 30. E posteriormente cada bem terá uma placa com QR Code com toda sua história”, informou.

Vale lembrar que alguns bens estão tangenciados à 14, ou seja, são de esquina e a numeração está para outra rua. Ele não é da 14, mas é tangencial a ela. E todos são particulares, nenhum dos prédios é público.

Sem data para terminar, a pesquisa está sendo desenvolvida através de registros bibliográficos, fotográficos, documentos, comparação das imagens para que também a população possa ajudar nessa construção histórica. “Nós queremos trazer esse pertencimento, criar o vínculo entre a população e a história da cidade, fazer com que através da pesquisa novas memórias sejam levantadas e nos ajudem nessa construção e preservação da memória de Campo Grande”, concluiu Fernando.

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