Artista campo-grandense que morreu em SP era luz em cima do palco

A cantora, DJ e produtora musical Ariadna Alvin morreu por volta do meio-dia, nesta segunda-feira (22), após complicações de um transplante de fígado no Hospital das Clínicas em São Paulo. Amigos criaram uma vaquinha virtual para arrecadar R$ 6.600, que serão usados nas despesas com o traslado do corpo até Campo Grande. Nascida na Cidade […]

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Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

A cantora, DJ e produtora musical Ariadna Alvin morreu por volta do meio-dia, nesta segunda-feira (22), após complicações de um transplante de fígado no Hospital das Clínicas em São Paulo. Amigos criaram uma vaquinha virtual para arrecadar R$ 6.600, que serão usados nas despesas com o traslado do corpo até Campo Grande.

Nascida na Cidade Morena, Ariadna mudou de Estado há 8 anos em busca de novos voos na carreira artística. Conhecida pelo talento singular nos palcos dos bares noturnos, a cantora se aperfeiçoou no meio musical ao cursar graduação e pós-graduação em produção musical na Capital paulista.

O dom para a música começou a transparecer ainda na adolescência. De jogadora de vôlei, Ariadna trocou as quadras pelo microfone e piano e iniciou a carreira como cantora. Multifacetada, cantou em bares de rock, fez parte de uma banda para se apresentar em formaturas, tocou em baladas LGBT e, nos últimos tempos, também comandava as cabines como DJ.

Em 2012, ao quebrar barreiras territoriais, Ariadna mostrou todo talento ao representar Mato Grosso do Sul no programa Raul Gil no quadro “Mulheres que Brilham”. Atualmente, conciliava o trabalho como professora em uma escola de música com as apresentações noturnas. Os últimos 4 trabalhos ficaram nacionalmente conhecidos no meio LGBT por misturarem batidas eletrônicas com vocal. 

Amigos e companheiros de trabalho classificam a artista como luz que brilhava durante as apresentações. Uma das principais preocupações da cantora, ainda de acordo com os amigos, era fazer os outros se divertirem. Sem tempo ruim, Ariadna se “enturmava” fácil e conseguia arrancar sorrisos das pessoas a sua volta.

O profissionalismo também era outra marca registrada da produtora musical. “Ela sabia que estava ali para fazer os outros se divertirem, esquecerem os problemas e comemorarem. Se dedicava muita para fazer a noite de alguém melhor.”

Com a morte da mãe, há cerca de 2 anos, a cantora começou a “ficar para baixo” e, nos últimos meses, lutou contra depressão. Na semana passada, ela passou mal e foi internada com cirrose medicamentosa. Após passar por 3 hospitais, deu entrada no Hospital das Clínicas como prioridade para transplante de fígado. O órgão compatível chegou na noite do último sábado (20), mas o corpo não reagiu e Ariadna morreu com uma parada cardíaca nesta segunda-feira (22).

Além de deixar irmã, namorado, amigos e fãs, a morte de Ariadna também apaga um pouco da alegria noturna de Campo Grande. O legado deixado pela artista inspirou músicos amadores que, por muito tempo, tiveram a DJ como fonte de inspiração.

Doações para a vaquinha virtual podem ser feitas no site oficial.

O velório será a partir das 3h desta quarta-feira (24), na Pax Universal na Rua Treze de maio, em Campo Grande.

Relembre a apresentação de Ariadna no Programa Raul Gil:

 

 

 

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