Há mais de três anos aconteceu o primeiro contato e relacionamento acabou em casamento

No início de 2014, um simples comentário de uma postagem no Facebook de uma amiga, fez com que a campo-grandense Cláudia Pereira, de 41 anos, iniciasse uma amizade com o indiano Ramandeep Singh, de 32 anos, residente na cidade de Punjab, no interior da Índia.

Aos poucos, apesar da distância, o casal foi percebendo que havia muita coisa em comum. O relacionamento  foi tornando-se mais sério, chegando ao noivado via internet e casamento por procuração. Depois de muita expectativa, no dia 25 de dezembro de 2017, exatamente à meia noite ele desembarcou em . “Sempre esperei pelo meu príncipe e este foi o meu grande presente de Natal”, afirma Cláudia.

Cláudia, já foi destaque na natação do Estado e do Brasil como atleta paralímpica, sendo campeã brasileira de natação por várias temporadas na década de 1980; em 1990 foi campeã pan-americana na Venezuela; campeã mundial nado peito, na Inglaterra em 1990. Como representante brasileira disputou duas paralimpíadas, em 92 na Espanha e 96 em Sidney Austrália. Atualmente dirige uma academia de natação.

Segundo ela, o relacionamento com Ramandeep começou ao acaso. “Depois que ele respondeu um comentário que eu havia feito em postagem de uma amiga em comum, fiquei curiosa e comecei a conversar com ele. Apesar da distância e do idioma fomos nos entendendo. Depois de três meses o papo foi ficando mais sério e no final daquele ano mesmo (2014) ele tentou vir para o Brasil, mas a burocracia do país dele impediu. Seguimos assim mesmo e em 2016 ficamos noivos via webcam e no ano passado nos casamos por procuração” afirmou a esposa.

Paixão nasceu em rede social e leva campo-grandense ao 'Caminho das Índias'

“Os costumes aqui também são diferentes. Na Índia quando recebemos uma visita, servimos um lanche antes de qualquer coisa. Aqui as pessoas conversam antes e o lanche é servido apenas depois. Mas estou me acostumando”, afirmou.

Em seu país, Ramandeep, trabalhava no setor administrativo de uma grande empresa, como ainda está tentando regularizar sua documentação no Brasil, atualmente ele atua na construção civil auxiliando o sogro.

Por pertencer à classe social considerada pobre, ele encontrou dificuldades para fazer a viagem ao Brasil, pois as autoridades não liberavam a autorização, com o processo demorando três dias. A viagem da Índia até Campo Grande durou exatas 17 horas.

O casal tem muitos planos, mas Ramandeep não pretende voltar tão cedo ao seu país. “Ele demonstra estar satisfeito aqui. Participa de tudo em casa e se ele não pretende voltar, eu gostaria de conhecer os pais e demais familiares dele”, afirma Cláudia.

A família dela deu apoio ao relacionamento desde o princípio, com a única ressalva sendo o pai, que via tudo com certa reserva, mas agora já está se dando bem como genro.

“A luta foi grande para ele estar aqui, se fossem outros certamente desistiriam, mas no nosso caso o amor falou mais alto”, afirmou a apaixonada esposa que já adiantou que o casamento no religioso já está programado para o mês de dezembro deste ano.