No Dia da Dança, Patrícia comemora a vida nova que ganhou após diagnostico de câncer

Ela encontrou na dança coragem para não desistir

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“A sociedade estigmatiza o câncer. A pessoa portadora é muito muito discriminada. Nos julgam incapazes de cumprir nossas atividades e tratam a todos como coitados, condenados à morte”, desabafa a fisioterapeuta Patrícia Tatiana Soler, que aos 27 anos, recebeu o diagnóstico de um tumor na mama.

Hoje, aos 40, ela comemora o Dia da Dança – 29 de abril – celebrando a vida nova que ganhou após o câncer, a própria arte de estar viva. E esta consciência foi traçada em passos coreografados nas pontas dos pés e no balançar dos quadris. Foi na dança que ela encontrou coragem para enfrentar o tratamento sem desanimar.

“A dança tem a capacidade de transportar-nos para um mundo lúdico onde não existe dor, nem sofrimento. Isso é como um refrigério em meio à luta. A dança também me faz acreditar na cura e me encoraja a viver”, diz Patrícia. No Dia da Dança, Patrícia comemora a vida nova que ganhou após diagnostico de câncer

A dança  cruzou o caminho dela ainda na infância, onde começou com o ballet clássico. Depois vieram o ballet moderno, o jazz, e há 11 anos ela se descobriu na dança do ventre e dança árabes folclóricas.

“Nunca parei de dançar por causa do câncer. Muito pelo contrário, iniciei na dança do ventre quando terminei meu primeiro tratamento quimioterápico”, conta.

Com metástase nos ossos e nos pulmões, Patrícia precisou iniciar nova sessão de quimioterapia recentemente. Mas nem isso a mantém parada ou longe da dança. “A dança pra mim é minha cura, meu ponto de equilíbrio para suportar todo esse tratamento, as cirurgias, a dor”, desabafa.

Em meio a este último tratamento, Patrícia competiu em um festival mundial de danças árabes. “A dança me leva a chegar até onde pessoas muito saudáveis nunca conseguiram. Meu médico sempre pergunta como está minha dança. Faz parte do tratamento. Me faz viva”, conta.

No Dia da Dança, Patrícia comemora a vida nova que ganhou após diagnostico de câncerE a ela, resta a gratidão e vontade de dançar a vida que todos os dias ela tem o privilégio de poder celebrar. “Minha sobrevida é um milagre! Agradeço todos os dias a Deus por poder dançar, pois através dela encontro uma maneira de devolver um pouco de vida para todos q assistem… retribuir o amor e a dádiva de viver. É difícil expressar com palavras. A dança é uma longa história de amor, de luta e de vitórias”, diz Patrícia.

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