Na luta contra padrões, famosas e anônimas exibem corpos reais

A atriz Samara Felippo e a blogueira Jout Jout postaram fotos de suas barrigas nas redes sociais

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A atriz Samara Felippo e a blogueira Jout Jout postaram fotos de suas barrigas nas redes sociais

Embora a frase “nada mais feminino do que celulite e nada mais materno do que estria” seja emblemática, ela também representa um grito de socorro pela liberdade de poder assumir as marcas e as curvas que cada corpo tem, sem opressão ou julgamento. Mas quando o assunto é padrão de beleza, ainda há muito o que questionar e também muita luta para romper as barreiras de uma imposição sem o menor sentido de existir.

Ontem (4), a blogueira Jout Jout publicou uma foto despretensiosa (ou não) no Instagram, na qual estava vestindo um biquíni, mostrando a barriga. Como ela estava sentada, as dobrinhas ficaram mais visíveis. Na legenda, ela escreveu: “da série eu linda sentada na areia com roupas secando ao fundo”.

Jout Jout ganhou notoriedade na internet com o canal que tem no Youtube, no qual ela sempre explora assuntos do cotidiano mostrando que sempre há uma maneira com mais empatia para lidar com as diferenças.

Também nesta quinta-feira, a atriz Samara Felippo postou uma foto exibindo a barriga e mostrando que também tem gordurinhas acumuladas. Na descrição da imagem, ela fala sobre a luta contra os padrões.

“Venho acompanhando com orgulho muitos movimentos femininos/feministas em prol da libertação da mulher. Um deles é a cultura do corpo perfeito. Comecei na TV aos 18 anos, a vida TODA lutei contra a balança, tomei remédios, tive efeito “sanfona”, fiz todas as dietas, entrei e saí de academia, sofria quando minha imagem na TV parecia “fora do padrão”, quando um diretor me pedia para emagrecer sem qualquer propósito, apenas para ficar “melhor” no vídeo. Sofri quando aos 15 anos fui rejeitada de uma agência de modelos por ter o quadril “largo demais”. E olha que eu nunca fui gorda, mas já me achei “enorme” diversas vezes e sofria com isso. Fiz lipo em lugares do meu corpo que “odiava” (aos 26 anos). Hoje olho pra trás e não me culpo, não me julgo. Fui apenas vítima das capas de revistas, da pressão da mídia, da obrigação de estar sempre “linda”, leia-se magra!”, desabafou a atriz.

Mas ela também mostra, com esperança, que muitas mulheres estão conseguindo se livrar dessa obrigação de seguir o que é imposto.

“Hoje vejo @carolinie_figueiredo @mbottan @naosouexposicao @ellorahaonne @pretararaoficial @theashleygraham @marianaxavieroficial… Enfim… faria aqui (ainda bem) uma lista maravilhosa e imensa de mulheres que nos mostram a realidade, que nos ensinam, que nos ajudam a tirar esse maldito peso e fazer com que deixemos de nos odiar, de odiar o nosso corpo. Você é linda!!!! Na cultura que vivemos, nós mulheres crescemos com o fardo de ter que “agradar” o homem, que se ele não achar bonito, gostoso, agradável, vc é uma merda! Chega, né?”

E para concluir, ela fala de como se sente atualmente. “Hoje aos 39 anos, mãe de duas meninas (fico feliz que meninas tem acesso a esse empoderamento muito mais cedo hoje) me sinto tão livre! Eu gosto de fazer exercício e comer bem, me sinto disposta. Tenho fases mais intensas e outras menos, mas não se torna mais uma tortura. Não vou mentir, ainda tem coisas que me incomodam, mas como eu disse no texto do meu aniversário, amo minha EU de hoje, mas ela ainda tá desaprendendo e desconstruindo e aprendendo a amar essa minha barriguinha linda da foto. E a tomar minha cervejinha sem culpa, porque AMO tomar minha cerveja com meus amigos, e eu posso parar de tomar por intolerância, mas não vou parar pra ser magra. Desafio vcs a postarem uma foto inspiradora das suas pancinhas. E assim começo meu 2018”, finalizou.

Seja gentil com seu corpo

Na luta contra padrões, famosas e anônimas exibem corpos reais

Ela confessa que já teve vergonha das gordurinhas que teimam “morar” na barriga, mas que hoje vive um processo de auto-aceitação. “A gente precisa aprender a lidar com o nosso corpo. É uma construção. Não estou dizendo que a gente está construindo um novo padrão, pois todos nós somos muito diferentes, cada um tem um corpo. Então, é muito mais sobre você do que sobre os outros. É poder olhar para si e simplesmente gostar do que vê, ou pelo menos não odiar, se olhar de uma maneira mais gentil e não se importar tanto com a opinião dos outros”, pontua.

Independente de cada corpo, toda mulher – e também todo homem – tem sua beleza particular. Seja mais gentil com você, com seu corpo e com sua mente.

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