Na abertura do Festival de Inverno, grupo encerra apresentação com protesto

A segunda apresentação da abertura da 19° edição do Festival de Inverno de Bonito, realizada na noite desta quinta-feira (26), foi do grupo Streetpop, com o espetáculo “Vir(tu)Eu”, que encerrou a dança protestando pela atual cena da cultura regional. Quando a música acabou, os dançarinos agradeceram os aplausos do público e antes de descerem do […]

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A segunda apresentação da abertura da 19° edição do Festival de Inverno de Bonito, realizada na noite desta quinta-feira (26), foi do grupo Streetpop, com o espetáculo “Vir(tu)Eu”, que encerrou a dança protestando pela atual cena da cultura regional.

Quando a música acabou, os dançarinos agradeceram os aplausos do público e antes de descerem do palco, ainda no silêncio que preenchia a Praça da Liberdade, os integrantes do grupo abriram uma faixa na qual estava escrito “#SOSDANÇA”.

O protesto foi em apoio ao movimento encabeçado pelo Colegiado de Dança de Mato Grosso do Sul e que toma corpo entre as companhias de dança do Estado, em protesto à falta de incentivo do poder público.

“A cena cultural no Estado vive uma crise por que não são abertos editais e não há incentivo. Dessa maneira não podemos produzir e a cultura fica parada”, afirma o diretor de coreografia do Streetpop Edson Clair.

De acordo com ele, o que mais entristece os artistas locais é saber que há orçamento previsto para fomentar a cultura em Mato Grosso do Sul, no entanto, segundo ele, fica o questionamento. “Onde está esse dinheiro?”, indaga.

Também em protesto à falta de incentivos, grupos artísticos aprovados em edital para participar do Festival desistiram da ida a Bonito. “Preferimos vir e protestar aqui, afinal, vivemos tempos complicados de crise e não tem como a gente rejeitar o valor oferecido no edital. Demora, a gente sabe, mas um dia a verba vem”, explica.

“Vir(tu)Eu”

O coreógrafo explica que o espetáculo apresentado na abertura do festival representa “os tempos líquidos que vivemos hoje, onde as pessoas não têm preocupação em estar perto das outras e aplicam todo esforço em relações virtuais”.

O espetáculo é montado com cenas curtas, o que, segundo o artista, faz menção à maneira como a informação chega até o público. “Em forma de pílulas”, finaliza.

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