Mulheres à luta: exemplos e iniciativas de empreendedorismo feminino

Cada vez mais as mulheres têm ocupados espaços na sociedade, mas em alguma questões elas ainda precisam de incentivo e ajuda. Uma delas é o empreendedorismo. Neste dia 19 de novembro, em que é celebrado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, o MidiaMAIS relembra exemplos de mulheres e iniciativas que as apoiam. O Dia Mundial […]

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Cada vez mais as mulheres têm ocupados espaços na sociedade, mas em alguma questões elas ainda precisam de incentivo e ajuda. Uma delas é o empreendedorismo. Neste dia 19 de novembro, em que é celebrado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, o MidiaMAIS relembra exemplos de mulheres e iniciativas que as apoiam.

O Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino foi instituído em 2014 pela ONU (Organização das Nações Unidas) como um esforço para ampliar as oportunidades para as mulheres em todo o mundo. Esta iniciativa se faz necessária, pois as mulheres ainda têm participação menor no mercado de trabalho e recebem menos do que os homens.

Mas elas vão à luta. Talvez por não terem tanta abertura no mercado de trabalho, elas se tornaram a maioria nos novos empreendimentos. Os dados são do levantamento realizado pela Global Entrepreneurship Monitor junto com o Sebrae, que mostram que as mulheres que empreendem representam 20,7% da população entre 18 e 64 anos, já os homens são 19,9% desse mesmo grupo.

Números fornecidos pelo Sebrae/MS mostram que o ânimo das mulheres cresceu sobremaneira de 2012 – quando mulheres somavam 91 mil na estimativa do número de donos de negócios – para 2016 – 114 mil mulheres -, representando um aumento de 25,3%.

Em relação à quantidade de negócios existentes, elas ainda são a minoria. O Sebrae/MS aponta que, segundo o Portal do Empreendedor, em Mato Grosso do Sul existem 106.811 MEIs em atividade, sendo 56.849 homens e 49.962 mulheres.

Segundo Maristela França, diretora técnica do Sebrae/MS, as mulheres estão ocupando este cenário e procuram soluções diferenciadas, o que é um movimento mundial. “Cada vez mais a mulher entra no mundo do trabalho e do empreendedorismo. Segundo dados da ONU Mulheres, se cada vez mais incluirmos mais a mulher, vamos aumentar o PIB do país consideravelmente”, explica.

Elas arregaçam as mangas

Com dupla ou tripla jornada, as mulheres, que muitas vezes também são mães, encontram no empreendedorismo a forma ideal para produzir. A mudança de área ou a adoção de um hobby como atividade extra são algumas das estratégias usadas por elas no mundo dos negócios.

Mãe empreendedora

A jornalista e publicitária Bárbara Vitoriano, de 32 anos, já dava sinais de querer ter seu próprio negócio, em 2009, quando nasceu Júlia, a caçula. Naquela época ela criou a página Indiretas Maternas, que hoje quase 250 mil seguidores. Depois de se tornar blogueira, quando nasceu sua segunda filha, cerca de 4 anos depois, ela abriu uma empresa de slings, wraps e roupinhas para bebês.

Bárbara conta que, com o tempo, fez algumas adaptações, mas continua sendo a empreendedora que preza pela maternidade. “Alguns anos após a decisão de empreender, muita coisa mudou. Com o amadurecimento dos projetos e o investimento em autoconhecimento, fui alinhando meus projetos com o que mais me realiza que é escrever. Acabei com alguns deles e novos projetos nasceram sempre levando em consideração a mãe que sou e principalmente a mãe que quero ser.”

Conheça um pouco mais a história de Bárbara.

Atividade extra

Um complemento para a renda mensal foi a motivação que levou a advogada Andréia Favareto, de 42 anos, a empreender. Em um momento de dificuldade financeira, ela, que já tinha um emprego, decidiu usar de seu hobby, um instrumento para melhorar sua situação. Pinturas e mosaicos, laços e enfeites de cabelo são as produções de Andréia nesta empreitada.

“É uma atividade extra, também faço isso”, explica a advogada. Após a separação, que aconteceu há 5 anos, Andréia encontrou na arte e no artesanato uma forma de manter a mente ocupada e uma ótima oportunidade de uma renda extra. “Depois do divórcio e com a necessidade, comecei a me dedicar mais e a divulgar entre os amigos e pelas redes sociais”, conta.

Saiba mais sobre Andréia e seus produtos

Coletivo

Na onda da economia criativa, diversas empreendedoras se juntaram e compartilham o mesmo espaço para seus negócios. Na Casa Nuvem tem cabeleireira, loja de roupas, calçados e presentes, estúdio de alongamento de cílios e agência de comunicação. Todos eles tocados por mulheres.

“O espaço acabou se tornando uma ‘nuvem’ de novas ideias, serviços diferenciados, além de muita moda e beleza, só que nada dentro de um padrão pré-estabelecido, e sim o modelo de negócios que acreditamos ser o mais viável e bacana”, conta a jornalista Daiane Libero, proprietária da Pagu Shoes e sócia da Una Comunicação.

Conheça mais sobre a Casa Nuvem

Rede Mulher Empreendedora

Para incentivar e dar apoio às mulheres nessa jornada, a RME (Rede Mulher Empreendedora) inicia seus trabalhos em Mato Grosso do Sul neste dia 19 de novembro. Considerada como a primeira e maior rede de empreendedorismo feminino do País, a entidade foi fundada e é presidida por Ana Fontes, referência nacional e internacional sobre o tema.

Sua primeira ação será o “1º Café com Empreendedoras” que vai acontecer no dia 29 de novembro, às 9h no auditório do Sebrae-MS. O evento que espera reunir 200 mulheres é gratuito e contará com palestras de capacitação para as empreendedoras na área digital, além de depoimentos e empreendedoras locais e rodadas de negócios entre as participantes. O evento tem parceria com o Sebrae-MS e acontece durante o Sebrae Inspira. A ideia é que o Café com empreendedoras aconteça mensalmente a partir de 2019, além de outros eventos.

A RME possui 80 embaixadoras regionais espalhadas pelo Brasil. Em Mato Grosso do Sul, a empresária Caroline Reis é a voz da Rede Mulher Empreendedora, responsável pela liderança do movimento no Estado, seja no suporte às a divulgação das suas atividades, na organização dos eventos e no desenvolvimento das parcerias e articulação local.

A Rede Mulher Empreendedora conta com o apoio do Sebrae, Expo Amigas de Negócios, Novos Tempos Contábil, Mercados Todo Dia e Gráfica Imprensa. “Apesar da magnitude da RME, nosso objetivo não é competir com outras redes locais e sim aglutinar, trabalhar em parceria para torná-las mais fortes. Já estou inclusive em contato com líderes de outras redes locais para trazê-las para perto e potencializar o trabalho de todas”, explica a embaixadora local. A franqueada da Snack Saudável também fará uma contribuição para o nosso Café. “Já iniciamos com parceria de grandes mulheres”, finaliza.

As inscrições para o 1º Café com Empreendedoras são gratuitas e devem ser feitas online

Como participar da RME

– Divulgando seu negócio gratuitamente no marketplace da RME (http://rme.net.br/marketplace-rme/);
– Seguindo a página ou entrando no grupo fechado da Rede Mulher Empreendedora no Facebook;
– Participando dos eventos da RME: Cafés com Empreendedoras, mentorias coletivas, cursos, etc;
– Cadastrando-se como palestrante;
– Cadastrando-se como mentora;
– Colaborando como voluntária e/ou
– Tornando-se Embaixadora.


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