Pipa – a Kombi branca e amarela – será a casa deles em 2018
Em 2003, Bruna se mudou para campo grande e os dois se conheceram no colégio. “Era o último ano do Ensino Médio, o terceirão. A gente estudava na mesma sala e de lá ficou uma turma muito boa de amigos”, lembra a jornalista. Em 2005, Thiago passou em Física e foi embora pra Campinas. Em 2008, ele se mudou para Maringá para fazer Engenharia Mecânica.
Enquanto isso, Bruna continuou por Campo Grande, fez Psicologia, mas desistiu no meio do caminho e resolveu cursar Jornalismo. “Continuamos em contato, mesmo com a distância. Fazíamos Skype de vez quando e sempre que ele vinha pra cá, a gente se encontrava”, conta Bruna.
Em 2013, Bruna foi para São Paulo e dois anos depois trocou a rotina por um home officer e viagens. Enquanto isso, Thiago trabalhava em uma empresa em Macaé, no Rio de Janeiro. E foi bem nesta época que eles começaram a trocar figurinhas sobre as tantas possibilidades que cada um pode encontrar dentro desta caixinha chamada vida.
“Começamos a ter mais contato. Ele trabalhava em Macaé e morava no Rio. Daí nas minhas andanças, eu acabei indo pra lá para fazer um retiro de meditação. Depois, fiquei em um hostel para trabalhar nas Olimpíadas e nisso a gente começou a se ver ainda mais”, conta Bruna.
Mas foi só na despedida de Bruna ao Rio de Janeiro, que a amizade ficou mais colorida. E ela seguiu o trecho, voltou para a estrada. E alguns meses depois, no Verão de 2016/2017, os dois se encontraram no Nordeste, mais especificadamente em Pipa.
“Combinamos de passar a virada no ano juntos. A ideia era que ele ficasse 10 dias lá no camping do hostel onde eu morava e trabalhava, e depois ele iria voltar para o Rio de mochilão. Mas no final desse tempo, ele já acertou com os donos do hostel e começou a fazer troca lá também e acabou ficando 50 dias”, lembra Bruna.
Neste tempo, o relacionamento naturalmente amadureceu e o pedido de namoro partiu de Bruna. “Foi na lua cheia de janeiro e uns dias depois a gente conversou sobre fazer um ritual entre nós dois para marcar essa passagem, que estava sendo tão importante pra gente”, conta a jornalista.
Ritual na Yoga
Alguns dias depois, Thiago combinou a surpresa com o professor de Yoga, e o ritual do casamento foi feito na última manhã deles no hostel. “Foi lindo, o professor foi conduzindo a aula de um jeito que no final, quando a gente abriu os olhos, estavam todos ao nosso redor, jogando arroz, batendo palma, a música era outra. E quando eu menos esperava, o Thi levantou e foi correndo pegar uma coroa de flor que ele fez pra mim”, conta, entre sorriso e emoção com a lembrança.
A aliança do casal foi representada por tornozeleiras. “A Bruna faz pra mim uma com pedra de Olho de Tigre e eu fiz pra ela uma de Pedra da Lua”, conta Thiago. E no lugar da valsa, eles dançaram um forró.
Recém-casados, eles voltaram para o Rio de Janeiro, onde passaram uma temporada de quase sete meses. “Daí no segundo semestre ficamos organizando como iríamos seguir viagem e Thiago disse que o mochilão era pouco para o que ele queria carregar. Então, disse que seria melhor uma Kombi”, diz Bruna.
Assim, as coisas começaram a se desenhar. E o plano foi voltar para Campo Grande para comprar a Kombi, adaptá-la e voltar para a estrada.
Pipa – a kombi
Bruna e Thiago batizaram a kombi branca e amarela de Pipa, em homenagem ao lugar onde marcou o início da história deles como casal. “E este nome representa tanta coisa. A pipa está no céu, mas também tem um fio que a liga à terra”, comenta Bruna.
A primeira fase, de pintura e mecânica, já foi feita no veículo. O próximo passo é arrumá-la por dentro, de uma maneira que a transforme mesmo em uma casa, onde eles devem morar por algum tempo ainda.
Sobre o roteiro de viagem, eles ainda pesquisam alguns destinos, mas sabem que, na verdade, será a estrada que irá traçar as rotas. E assim, deste jeitinho, que eles seguem, dividindo a vida, os sonhos e o caminho.
Quem quiser acompanhar as aventuras deste casal, é só segui-los nas redes socais: @brunagmorales e @thiagofflores.