Consciência ambiental: 5 práticas sustentáveis adotadas por empresas
Você sabia que o plástico descartável leva, em média, de 250 a 400 anos para se decompor? E que para produzir um quilo de papel, são necessário 540 litros de água? E, ainda, que a cada uma tonelada, são usadas de duas a três toneladas de madeira? Agora imagina o quanto usamos esses materiais no nosso dia […]
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Você sabia que o plástico descartável leva, em média, de 250 a 400 anos para se decompor? E que para produzir um quilo de papel, são necessário 540 litros de água? E, ainda, que a cada uma tonelada, são usadas de duas a três toneladas de madeira? Agora imagina o quanto usamos esses materiais no nosso dia a dia e o quanto isso reflete diretamente no meio ambiente.
“O grande impacto do plástico descartável é justamente o “descartável”, porque você consome e descarta muito rápido, a durabilidade dele com o consumidor é muito breve e na maioria das vezes esse descarte é feito de forma indevida, o que acaba gerando poluição no solo, nas águas”, diz a engenheira sanitarista e ambiental Marta Brito.
A engenheira ambiental ainda destaca que além do impacto no meio ambiente, o plástico pode também ser bastante prejudicial à saúde. “Aqueles copinhos de plástico que temos o costume de tomar café, quando em contato com bebida quente, liberam xenoestrogênio, uma substância cancerígena”, alerta Marta.
“É esse o caminho, de medinas simples durante a rotina da empresa, que no somatório fica significativo. Se reunir todos os empreendimentos que adotam essas atitudes, reduzimos o número de resíduo reciclável misturado a rejeitos, o lixo comum”, pontua a engenheira sanitarista e ambiental Marta Brito.
O MidiaMAIS encontrou em Campo Grande empresas que adotaram essas medidas simples na rotina de escritórios e até na oferta de serviço. Vale destacar que não são práticas de incentivo, mas sim posturas concretas como única opção. Confira:
1. Canudos de vidro
Depois dos copos descartáveis, o canudo de plástico é o outro vilão do meio ambiente. Mas também está bastante embutido no costume dos brasileiros. Tem bebida? Então tem canudo. Mas na Pé de Vitamina, recentemente a proprietário trocou os canudos de plástico por canudos de vidro. Bem que essa moda podia pegar!
2. Toalhas de pano
No escritório compartilhado Conectivo CoWorking, nos banheiros não há toalha de papel para secar as mãos. Elas foram substituídas pelas tradicionais toalhas de pano mesmo.
3. Dose de capuccino no potinho
No “mercadinho” do Conectivo tem capuccino para o pessoal que aluga o espaço. O produto é vendido para uma receita. Porém, o diferencial é a embalagem. Depois de muito quebrar a cabeça para encontrar uma solução sustentável e prática para separar as doses, o proprietário arrumou o jeito com estes potinhos super charmosos. Nada de sachês!
4. Lixo separadinho
Ainda no Conectivo, quem utiliza o espaço tem que estar sempre atento no lixo que produz e onde ele é descartado. E “ai” de quem errar as lixeiras.
5. Copos de alumínio
No estúdio de yoga Shanti, a proprietária eliminou o uso de copos descartáveis. Por lá, os alunos levam seus próprios copos e garrafinhas ou bebem água nos copos de alumínio que ficam disponíveis ao lado do bebedouro.
Projeto de Lei
Nesta semana, a Comissão de Meio Ambiente aprovou o projeto de lei (PLS 92/2018) que prevê a retirada gradual do plástico da composição de pratos, copos, bandejas e talheres descartáveis. Pelo texto, no prazo de dez anos, o plástico deverá ser substituído por materiais biodegradáveis em itens destinados ao acondicionamento de alimentos prontos para o consumo.
Segundo o texto aprovado, o plástico deverá ser substituído em 20% dos utensílios no prazo de dois anos após a eventual vigência da lei. Esta exigência subirá para 50% após 4 anos; para 60%, após 6 anos; e para 80%, após 8 anos. O plástico deverá ser totalmente banido após dez anos.
“O mundo inteiro está nesta rota, de inserir a economia verde e circular. É uma mudança gradativa, porque a intenção é mudar a matriz energética, ou seja, ao invés de vir por origem do petróleo, será origem vegetal. A gente vai continuar tendo plástico, mas o intuito é que seja produzido de fonte renovável”, explica Marta.
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