Após perder bull terrier, encontro com descendentes de Saddan mata a saudade
Saddan morreu em 2016, de infarto
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Saddan morreu em 2016, de infarto
Do pai à bisneta, várias gerações da família do bull terrier Saddan se reuniu no último domingo (8), no Parque do Soter, em Campo Grande. O encontro foi promovido pela bacharel em Direito Érika Garcia, 32 anos, que tinha o sonho de reunir os parentes de seu eterno e fiel companheiro, o Saddan, que morreu em 2016, aos 5 anos, de infarto.
Apaixonada pela raça, Érika tem outros três cachorros Bull Terrier, mas a lembrança de Saddan está sempre viva na memória dela. E foi através deste amor aos pets que ela não sossegou enquanto não fez o encontro da família.
O primeiro a ser encontrado foi Nikko, pai de Saddan. “Há uns quatro anos, eu tentava encontrar o pai do Saddan aqui em Campo Grande, porque um amigo meu já tinha visto ele no Carandá. Mas não tive sucesso nesse período. Daí esse ano, outro amigo meu, andando pelo bairro, viu e imaginou que fosse o cachorro que eu procurava e me contou. Fizemos o contato e agendamos uma data. Então, convoquei os demais parentes do Nikko”, conta.
Foram duas semanas para que Erika conseguisse encontrar uma data que todos pudessem estar presentes. E no encontro, ela conseguiu reunir, além do Nikko, também netas e bisnetas dele, filhas do Saddan e Atena, a mãe delas com o Saddan.
“Tinha muita vontade de apresentar para o dono do Nikko toda sua geração e criar um vínculo, fazer amizade. Além de ter essa foto de toda a família possível junta. Como o Nikko tem 10 anos, tinha medo de esperar mais tempo e acontecer algo com ele, assim como não consegui conhecer a mãe do Saddan. Queria também pode ver ele de perto e dar um aperto nele e sentir meu Saddan. Apesar da cor ser diferente ele lembra muito meu filho amado”, diz Érika.
Muito amor envolvido
Todo esse empenho de Érika em reunir as gerações da família de Saddan tem um motivo: amor aos pets e também à raça Bull Terrier.
Ela administra uma página no Facebook e um grupo no WhatsApp com membros que compartilham desta mesma peixão. E foi assim que ela conseguiu agilizar o encontro entre os parentes do Saddan.
“O povo critica muito a raça porque não conhece. Alguns acham que o Bull Terrier é pai do Pit Bull e não tem nada haver. Sei lá quem espalhou isso, mas pegou bem na mente do povo e pra tirar é um sacrifício. Preferem ouvir alguém que nem sabe que cachorro é, do que uma pessoa que cria ou conhece toda uma geração”, explica.
Mas independente de qualquer preconceito, Érika levanta a bandeira da empatia e prefere disseminar o amor. “Amei conhecer o pai do meu filho e além de tudo eu amo esses encontros”, diz.
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