UFMS quer revitalizar o cinema Autocine e busca parceria com Sesc e Câmara

Espaço está inativo há 28 anos

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Espaço está inativo há 28 anos

Há 28 anos de portas (e tela) fechadas, o Autocine, o cinema drive-in que por muito tempo abrigou diversos espectadores campo-grandenses, pode voltar a funcionar caso uma parceria entre Sesc de Mato Grosso do Sul e UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) se consolide. Imagens da época mostram a quantidade de carros estacionados no espaço gigantesco, de frente para uma tela. E só sobrou o concreto e pichações no lugar onde os filmes eram projetados. 

A parceria entre as instituições ainda não está consolidada, mas um encontro foi realizado há pouco mais de um mês entre o reitor da Universidade Marcelo Turine, a assessora especial de assuntos estudantis, professora Ana Rita Barbieri, com o presidente da Federação do Comércio de Mato Grosso do Sul (Fecomércio/MS), Edison Ferreira de Araújo e com a diretora do SESC/MS, Regina Ferro, segundo informações do portal da Universidade.

A gestão do R.U. (Restaurante Universitário) também chegou a ser discutida no encontro. “A meta é fortalecer as parcerias estratégicas com a Universidade para a realização conjunta de novos e ousados projetos”, salientou na época Marcelo Turine.

Também em dezembro de 2016, o reitor da UFMS se reuniu com o deputado federal Elizeu Dionizio (SD), para ver a possibilidade de transformar a área do Autocine da UFMS em um grande espaço de cultura com palco para apresentação de shows e área voltada para alimentação, além da questão já debatida com o Sesc. Dionizio chegou a citar, no encontro, que a partir da lei municipal nº 5.414/2014, que institui um regime fiscal especial em loteamentos urbanos com objetivo de criar um Corredor Gastronômico, Turístico e Cultural, é possível viabilizar o projeto de revitalização do Autocine, atraindo novos parceiros e comerciantes.

Estrutura em análise

Procurados pela reportagem do MidiaMAIS, tanto o Sesc quanto a UFMS disseram que ainda não há nenhuma parceria consolidada, e que a questão do Autocine carece de uma visita técnica que ainda não foi realizada, e que avaliará o que pode ser feito. O Sesc, sempre que assume um espaço, não costuma realizar grandes alterações e sim preservar a história já existente no local, como foi feito na Morada dos Baís e no Museu da FEB (Forças Expedicionárias Brasileiras), que está sendo revitalizado para receber programações culturais mas vai manter suas características. Por isso, segundo as entidades, é preciso analisar bem o que precisa ser feito no Autocine para reativá-lo. 

O Autocine foi criado em 1972, e somente funcionava dentro da universidade, mas pertencia à Rede Pedutti, que escolhia os filmes e contratava os funcionários. Para o público ouvir os diálogos, na portaria o motorista recebia um alto-falante e conectava-os nos ‘chapéus’, uma espécie de poste com fiação para saída de som. A parceria acabou em 1983, e seis anos depois foi desativado. Hoje, é um dos espaços que, ao lado de cinemas do passado da Capital como Alhambra, Santa Helena e Cine Campo Grande, ficaram esquecidos na memória e na invasão de grandes redes. 

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