Nova série já está em plena produção

Um teste de elenco para a série “Natasha”, que está em plena produção já tendo passado por Dourados, acontece em neste sábado (28), a partir das 9h, no Centro Cultural José Octávio Guizzo. Além de trazer um formato de série de televisão – pouco executado até hoje no Mato Grosso do Sul – também busca trazer mais visibilidade no combate ao preconceito, buscando atores profissionais ou não, que sejam homossexuais, transexuais, travestis, lésbicas, dragqueens e também heterossexuais. Para participar dos testes, o ator precisa ter idade entre 18 e 50 anos.

Segundo o diretor, Thiago Rotta, outro objetivo desse teste de talentos é valorizar quem é daqui. “Buscamos atores locais, queremos dar oportunidade pra quem é daqui, abrir portas mesmo para que talentos de Mato grosso do Sul sejam revelados para o Brasil”, analisa. Segundo a produtora executiva da série Ana Ostapenko, são várias vagas abertas. “Estamos em busca de 5 atrizes e 1 ator para o elenco principal, e 17 atores e atrizes para o elenco secundário, além de cadastro de figurantes”, explica. 

 

Essa variabilidade de perfis e pessoas combina com uma sinopse de impacto. Na série, Natasha é uma travesti que realiza shows em várias partes do Brasil, em boates, e acaba assassinada. Após o episódio, três amigas suas decidem participar de um concurso de drag queens que ela iria participar, como forma de homenagear a amiga, e para isso viajam em uma Kombi em direção ao concurso “Raio de Sol do Pantanal”. O roteiro da série é assinado por Antony Magalhães. 

Por visibilidade e novo formato, série 'Natasha' faz teste de elenco na CapitalAs gravações devem se estender para outras cidades do MS. “Vamos gravar em algumas cidades turísticas também, como Bonito, mas só de passagem, o grosso da produção será em Campo Grande e Dourados. Entraremos em pré-produção dia 20 de fevereiro e produção dia 3 de abril”, descreve Ana. Muitas produções até mundiais, que traziam personagens gays, lésbicas, trans ou travestis, davam os papeis a heteros, porém, “Natasha” busca deixar de lado essa tendência. “A gente acredita que representatividade importa sim, queremos abrir as portas do mercado para atores e atrizes trans, travestis, drag queens, que muitas vezes se prostituem por não terem melhores oportunidades, queremos dar emprego, qualificação e representatividade a esses artistas”, enfatiza Ana Ostapenko. 

SERVIÇO – Para saber mais sobre a série e os testes acesse: www.facebook.com/serienatasha. O Centro Cultural José Octávio Guizzo fica na Rua 26 de Agosto, 453.