Ney Matogrosso, Alzira e Tetê abrilhantam FIB, mas visão de shows não é das melhores
Inclinação da Praça não permitia visão adequada de espetáculos no palco principal
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Inclinação da Praça não permitia visão adequada de espetáculos no palco principal
Mas, a visão não é das melhores.
Não é por menos. O problema, aparentemente, está concentrado na inclinação da Praça da Liberdade, que apesar de central e grande, não permite visão adequada da profundidade do palco, que também não parece ter a altura suficiente. Assim, quem estava mais de longe, não conseguia fazer justiça à grandeza dos espetáculos. Foi exatamente o caso da reportagem, que não teve, no sábado (29), acesso ao frontstage, diferentemente do dia anterior, com Karol Conká.
A propósito, o local que separava o grande público e o palco, normalmente destinado a quem cobre os espetáculos, era ocupado por autoridades e seus agregados, confortavelmente sentados. O frontstage é o novo camarote. Uma reclamação chegou a ser feita para o titular da Secc (Secretaria de Estado de Cultura e Cidadania), Athayde Nery, que limitou-se a culpar a produção e sumir. No fim das contas, jornalistas não tiveram acesso ao espaço – em tese, porque alguns representantes de jornais nacionais não foram barrados.
O que restou, portanto, era o espaço cerca de 300 passos (ou mais) do palco, com uma fonte de peixes enormes no meio. E foi a partir daí que notou-se que assistir aos shows tão de longe não era simplesmente confortável. E nem, exatamente, possível, já que o telão, que permitia observar os detalhes da performance em palco, teimou em não funcionar durante boa parte da apresentação.
Houve um show possível de Alzira, Tetê, Beth, Betinha e Ney Matogrosso. As autoridades do frontstage, claro, devem ter achado tudo fantástico, com o brilhantismo que certamente devem os espetáculos devem ter tido. Mas, será que a população e visitantes de Bonito compartilharam do mesmo espetáculo?
Bem, pela praça, não faltava quem pudesse reclamar. “Tem muito galho de árvore, a fonte, a inclinação não é boa. Não dá pra ver bem como a gente via antes”, conta Luzia Alfenas, 43, comerciante, que fez coro às reclamações da disposição do palco. “Bom é quando era lá embaixo, a gente via direitinho, não importava quanta gente tivesse”, comenta a dona de casa Maria Castilho, 39, também moradora de Bonito.
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