Cerimônia será estritamente laica, de acordo com a vontade do escritor

Centenas de italianos participarão na tarde desta terça-feira (23), em Milão, da cerimônia fúnebre do escritor Umberto Eco, autor de “O nome da rosa” e outros livros de sucesso, que morreu na sexta-feira passada aos 84 anos.

A cerimônia, com uma hora de duração, estritamente laica, de acordo com a vontade de Eco, acontecerá no pátio do Castelo Sforzesco e começará às 15h locais (11h de Brasília), anunciou Mario Andreose, amigo e editor histórico do escritor.

Durante a cerimônia, com a presença dos ministros da Educação e da Cultura, dos prefeitos de Milão e Turim e do ator Roberto Benigni, entre outros, será ouvida La Follia de Arcangelo Corelli, que Umberto Eco tocava com um clarinete na companhia do acordeonista Gianni Coscia, disse Andreose.
Ao fim do funeral, que será transmitido ao vivo pelo canal de televisão público RAI, o corpo de Eco será cremado em uma cerimônia privada.

Umberto Eco ganhou fama mundial com o livro “O Nome da Rosa”, um relato policial medieval e erudito, que foi adaptado para o cinema pelo diretor francês Jean-Jacques Annaud.
Nascido em 5 de janeiro de 1932 em Alexandria, Piemonte, norte da Itália, Eco era um grande intelectual, filósofo, semiólogo, linguista, historiador e escritor.

Casado com uma alemã, Eco, poliglota, escreveu dezenas de ensaios sobre temas diversos, desde a estética medieval até a poética de James Joyce, passando pela memória vegetal, James Bond ou a falsificação de obras de arte.

Seu último livro, “Pape Satan Aleppe”, será lançado na Itália na sexta-feira. A obra reúne textos publicados desde o ano 2000 na revista “Espresso”.