Falta de artistas do MS em museu desperta discussão sobre qualidade de obras
Marco divulga selecionados 2016 das exposições temporárias
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Marco divulga selecionados 2016 das exposições temporárias
Nesta terça-feira (22), o Marco (Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul) divulgou em Diário Oficial os dez artistas selecionados para sua programação anual de Exposições Temporárias. Seis deles são de São Paulo, um do Mato Grosso, um de Minas Gerais, um do Pernambuco e um do Distrito Federal. Não há, entre os selecionados, artistas plásticos e visuais de Mato Grosso do Sul.
Isso sucinta a discussão ao redor da qualidade das obras enviadas, que totalizaram 52, a maioria de fora do Estado, e também da falta de formação suficiente para os novos artistas locais. É o que explica a coordenadora do Marco, Maísa Barros. “Ficamos inicialmente felizes ao recebermos 52 inscrições, mas só tínhamos dez vagas. A maioria veio de fora. Os critérios utilizados no edital foram o que nortearam a avaliação realizada, e os selecionados irão compor o cronograma de exposições do museu”, analisa.
A comissão avaliadora foi formada por, além de Maísa Barros, pela crítica de arte Maria Adélia Menegazzo e pelo professor do curso de artes visuais da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) Rafael Maldonado. Os critérios descritos no edital exigiam documentação correta, clareza e coerência na proposta, ineditismo de expressão com linguagens pertinentes à produção artística contemporânea currículo com demonstração de atuação na área artística e impacto da proposta no contexto da produção artística. Segundo Maísa, incluir um artista abaixo desse padrão independente de ser daqui ou de fora, seria “baixar” a qualidade das propostas. “Você não pode legitimar uma coisa que não está bacana. Se aceitar propostas fora do critério estará fazendo isso”, pontua.
Para Maísa, os artistas precisam aproveitar essa oportunidade para se profissionalizarem mais. Muitas inscrições podem perecer na fase dos documentos, por exemplo, que é a base para a participação em um edital sério. “A arte está caminhando para um estágio em que o artista tem que se dedicar, tem que ser comprometido, porque é muita gente trabalhando e se comprometendo com isso, então fica difícil retroceder”, avalia.
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