Depois do ‘home office', os escritórios compartilhados são uma realidade em

 

Segundo levantamento realizado pelo Canal do Empreendedor em 2015, 34,75% das empresas brasileiras lançam mão do trabalho remoto para seus colaboradores, o chamado “home office”. Para alguns empreendedores, o home office acaba sendo uma opção viável para cortar custos de espaço. Porém, a tendência global do “coworking” já é encontrada por aqui. De origem americana, a palavra “coworking” conceitua-se como “escritório compartilhado” no Brasil, e na Capital o Conectivo Coworking é um desses espaços destinados ao compartilhamento tanto de local quanto de ideias. Estilo de trabalho se transforma e 'coworking' é tendência global que existe aqui

A sala abriu há um mês e trabalha com uma rotina flexível. Lá dentro, tudo que o trabalhador precisa está disponível: espaço de reuniões, internet, utensílios de copa e outros elementos, mas a área de trabalho é coletiva. Segundo o idealizador, o empresário Josué Sanches, isso é um ganho para o profissional. “Tudo aqui é compartilhado, mas vai além de compartilhar o espaço, junta em um mesmo espaço pessoas que trabalham na nossa economia criativa”, explica. Atualmente o Conectivo conta com profissionais de arquitetura, tecnologia, jornalismo, turismo, engenharia e publicidade. 

Conforme pesquisa realizada em janeiro de 2015 pelo Ekonomio e B4i, com apoio do Coworking Brasil, hoje já são 238 espaços ativos nestes moldes no país. Josué relata que decidiu abrir o Conectivo diante de uma demanda clara para o segmento. “Os espaços compartilhados criam o ambiente ideal e dão fôlego para que ideias e iniciativas se viabilizem. Essa é uma realidade que já está acontecendo, inclusive aqui”, analisa. 

Perfil

O perfil do coworker, segundo ele, é muito variado. O espaço pode receber autônomos, liberais e empreendedores de diversas áreas. Quem ocupa uma dessas vagas é um empresário de desenvolvimento mobile Alexandre Costa. Outros funcionários de sua empresa também trabalham no Conectivo, mas em horários diferentes. “Eu já havia conhecido esse modelo em São Paulo, e agora consigo agregar tudo aqui. Custa muito menos do que montar o seu próprio negócio, e aqui você consegue ter um contato com outros profissionais”, acredita. Do outro lado da mesa, as arquitetas Maria Cláudia Guimarães e Priscilla Queiroz trabalhavam projetos de uma área completamente diferente da de Alexandre. “Nós trabalhávamos em casa, saímos porque estava complicado manter a rotina. Como também é complicado ter um local para atender, decidimos vir para cá”, relata Maria Cláudia. 

Josué Sanches, idealizador do Conectivo / Foto: Marithê Lopes

 

Essa dificuldade do home office citada pelas profissionais é real. “Em casa muitas vezes você fica ‘flertando' com a televisão e com a geladeira”, brinca Josué. “Além disso, é complicado atender aos clientes se não existe um local”, concorda Priscilla.  

Mas ao contrário de outros coworkings ao redor do Brasil, o Conectivo não realiza contratos curtos ou oferece uso avulso. “Aqui temos um contrato de seis meses porque entendemos que pode ser um espaço de transição para quem deseja sair para sua própria sede. Então temos nossos usuários fixos”, enfatiza. O local onde a pessoa pode simplesmente pagar para usar apenas um dia, ou algumas horas, é um modelo que ainda não existe em Campo Grande. 

O Conectivo Coworking está localizado na avenida Afonso Pena, 2440, sala 62, centro. Informações: (67) 9202-3000.

 Marithê Lopes

Local para relaxar é um dos diferenciais / Foto Marithê Lopes