Dia dos Namorados: há 54 anos, começava um amor ‘escrito nas estrelas’

Heitor e Rosária começaram o namoro exatamente em 12 de junho

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Heitor e Rosária começaram o namoro exatamente em 12 de junho

Dois anos de eles efetivamente se conhecerem e começarem a namorar, o advogado e corretor imobiliário Heitor Rodrigues Freire, de 76 anos, viu a assistente social e dona de casa, Rosária Escobar Freire, de 72 anos, em uma festa junina no Círculo Militar. Ele era recruta no exército e ela sobrinha de capitão. Heitor não teve coragem de chegar perto da menina que tanto o impressionou, mas o que é para ser é, e não há como mudar o que já está escrito nas estrelas.

Foi assim, como que já traçado muito antes, mesmo sem eles saberem, que os dois se reencontraram e começaram a namorar. Heitor conta que dois anos após o encontro, no qual ele apenas a observou reencontrou a jovem em Ponta Porã – cidade a 335 quilômetros de Campo Grande. Ele tinha sido transferido para lá, a trabalho, já concursado no Banco do Brasil.

Heitor conta que não se lembrou da história da festa junina de inicio, mas anos depois, conversando já com a Rosária, esposa, comentou o fato e ela contou que estava na festa junina. Para ele não restou dúvidas: era Rosária.

“Nós somos de Ponta porá. Na verdade, ela nasceu em Ponta Porã, viveu lá a vida toda. A mãe dela tinha uma loja de calçados. E eu sou de Pedro Juan Caballero, mas com 7 anos saímos do Paraguai, porque meu pai era comerciante e político. Houve uma mudança lá e viemos para Campo Grande. Eu fui estudar no Rio de Janeiro e passei no concurso do Banco do Brasil. Em 1961 fui lotado no BB em Ponta Porã. Fui para lá em agosto de 61, conheci a Rosária em 1962 e começamos a namorar no dia dos namorados”, conta.

Ele lembra que naquela época não tinha moleza, e namoro era coisa para casar. “Tinha que pedir. No dia que comecei a namorar a Rosária eu falei para a mãe dela: não tô brincando, não tô namorando para passar o tempo. Quero casar com a sua filha. A partir daí começamos a namorar. Cumpri a promessa, casei. Ficamos noivos no dia 3 de outubro, aniversário dela. Casamos, tivemos 7 filhas, 12 netos e assim foi essa vida maravilhosa que Deus nos proporcionou”, diz.

Indo antes do inicio do namoro, ele se lembra da festa junina e do que uma cigana havia dito sobre ele. “Tem um fato interessante. Eu servi o exército aqui em Campo Grande. Naquela época a 9ª Região Militar fazia festa junina no Círculo Militar. Nesta festa eu era recruta. Cada companhia trazia seus recrutas para ser garçom. Nesta festa junina, em 1960, eu servindo por aqui e por ali vi uma menina que me impressionou profundamente. Aquilo me marcou por dentro. Mas ai olhei para mim e pensei: recruta, não vai nem olhar para mim. Depois de casados, eu comentei com a Rosária da festa junina, que havia visto uma menina que me impressionou muito. E ela me disse que estava nesta festa. E eu disse que era ela”, conta.

Completando a história, Rosária diz que na festa foi em uma tenda, onde havia uma cigana que lia o futuro, e lá a mulher disse que seu futuro marido estava na festa. “Tinha diversas tendas e tinha uma cigana que lia a mão. Ela falou que meu marido estava na festa. Nunca fui adepta dessas coisas, mas as amigas do colégio insistiram e eu fui. Ela falou que a pessoa que ia casar comigo estava lá. E ele acha que é uma coincidência”, conta.

“Eu acho que não existe coincidência, que tinha que acontecer. É um compromisso que assumimos em outras vidas. Graças a Deus temos uma família que tinha que ser”, completa.

Sobre Heitor, Rosária ainda se derrete e diz que o jeito do marido faz a chama do amor se manter sempre acessa. “Ele é muito romântico, muito carinhoso. Está sempre me elogiando. Tudo que faço acha maravilhoso, e vice-versa”, finaliza.

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