Desfile das Campeãs encanta público e lota Sambódromo até a festa da Mangueira

A verde e rosa entrou na avenida no final da madrugada deste domingo (14). 

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

A verde e rosa entrou na avenida no final da madrugada deste domingo (14). 

O tempo firme ajudou, e o público que lotou o Sambódromo ficou até o último minuto no Desfile das Campeãs, que este ano foi encerrado com a Mangueira e sua homenagem aos 50 anos de carreira de Maria Bethânia. A verde e rosa entrou na avenida no final da madrugada deste domingo (14) e foi ovacionada do início ao fim pela plateia. 

A noite foi aberta pela sexta colocada no Grupo Especial do Rio de Janeiro, a Imperatriz Leopoldinense, que levantou as arquibancadas com o enredo É o Amor, contando a vida dos irmãos Zezé di Camargo e Luciano, desde a infância da dupla, no interior de Goiás, na concepção do carnavalesco Cahê Rodrigues.

Desfilando em cima de um dos carros, o craque Zico foi um dos mais festejados na avenida.

Quinta colocada no Grupo Especial, a segunda escola a desfilar foi a Beija-Flor, que este ano buscou inspiração no Marquês de Sapucaí na tentativa de um bicampeonato, com a voz de Neguinho da Beija-Flor agitando as arquibancadas.

A denúncia feita pelo diretor de carnaval da azul e branco, Laíla, de que a ausência de um dos jurados no desfile seria tentativa de prejudicar algumas escolas, foi comentada pelo presidente da Beija-Flor, Farid Abrahão David. Ele pediu uma investigação do caso pela Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa). “Eu acho que é um assunto grave, que tem de ser apurado. Mas não estamos questionando a vitória da Mangueira. Questionamos é a nossa colocação”, disse Farid.

Em seguida, pisou na avenida o Salgueiro, que ficou em quarto lugar. A escola trouxe um carnaval baseado na Ópera do Malandro, na concepção dos carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage. Carros alegóricos muito bem finalizados passaram o clima dos templos e símbolos da malandragem carioca, como o mundo dos cabarés, dos conquistadores e dos jogos de azar.

O Salgueiro foi sucedido pela Portela, que arrancou gritos de “é campeã” vindos da arquibancada ao longo de todo o desfile. A escola do carnavalesco Paulo Barros apresentou uma viagem a lugares distantes e misteriosos, nas asas da águia, que é seu símbolo. Para o presidente de honra da Portela, mestre Monarco, a escola, terceira colocada no Grupo Especial, foi campeã na escolha popular.

Fechando a noite, mostrando sua força e simpatia junto ao público, a Mangueira conseguiu algo difícil na Sapucaí: que as arquibancadas não ficassem vazias, com os tradicionais buracos, comuns quando passa a última escola. A verde e rosa repetiu o sucesso do desfile de terça-feira de carnaval, trazendo artistas famosos em seus carros, incluindo Caetano Veloso, Regina Casé e Beth Carvalho.

Conteúdos relacionados

bombeira trote óleo queimado